A Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla inglesa) autorizou esta quinta-feira o uso de Paxlovid, o antiviral da Pfizer contra a Covid-19 para tratar doença grave, anunciou em comunicado.

Este é assim o primeiro tratamento antiviral para tomar por via oral a ser autorizado na Europa. O tratamento consta de dois tipos de comprimido que poderá ser tomado em casa e é visto como um grande passo para acabar com a pandemia.

“O Comité de Medicamentos Humanos da EMA (CHMP) recomendou a concessão de uma autorização de comercialização condicional para o medicamento antiviral oral Paxlovid para o tratamento da Covid-19”, diz o regulador europeu. Segundo a agência europeia, este medicamento está recomendado, nesta fase, para adultos que não precisam de oxigénio suplementar e que correm maior risco de desenvolver uma forma grave de Covid-19.

Este tratamento já foi aprovado nos Estados Unidos da América, Canadá e em Israel.

Para chegar à conclusão anunciada, o CHMP avaliou os dados de um estudo com doentes infetados, que demonstrou que o Paxlovid “reduziu significativamente as hospitalizações ou mortes em pacientes que têm pelo menos uma condição subjacente que os coloca em risco de Covid-19 grave”.

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A maioria dos doentes participantes no estudo estava infetada com a variante Delta, mas a EMA espera, com base em investigação de laboratório, que o Paxlovid também seja ativo contra Ómicron e outras variantes do SARS-CoV-2.

“O CHMP concluiu que os benefícios do medicamento são superiores aos seus riscos para a utilização aprovada e enviará agora as suas recomendações à Comissão Europeia para uma decisão rápida aplicável em todos os Estados-membros da UE”, adiantou o regulador.

Cabe agora à Comissão Europeia “acelerar o processo de tomada de decisão” para conceder a autorização de introdução no mercado condicional do Paxlovid, permitindo que seja comercializado em toda a UE, adianta o comunicado. Esta autorização condicional de comercialização é um procedimento utilizado pela EMA para acelerar a aprovação de medicamentos durante emergências de saúde pública na UE, como é o caso da atual pandemia.