Joni Mitchell decidiu retirar todas as suas músicas do Spotify. A decisão, anunciada na sexta-feira numa curta publicação no seu site, surge depois de Neil Young, amigo de longa data, ter pedido que a sua discografia fosse removida da plataforma de streaming em protesto contra o podcast do norte-americano Joe Rogan, que se manifesta regularmente contra a vacinação contra a Covid-19.

Afirmando que “pessoas irresponsáveis estão a divulgar mentiras que estão a causar mortes”, a cantora e compositora canadiana de 78 anos mostrou-se solidária com Young e as comunidades médicas e científicas globais na luta contra a desinformação.

Neil Young quer tirar músicas do Spotify em protesto contra o negacionismo: “Eles podem ter o Joe Rogan ou o Young. Não os dois”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Mitchell não falou diretamente em Rogan, mas partilhou uma carta aberta assinada por médicos e cientistas que refere especificamente o episódio de 31 de dezembro do podcast “Joe Rogan Experience”, onde foram promovidas teorias da conspiração, nomeadamente sobre a Covid-19, o que acontece recorrentemente no programa de Rogan. Na missiva, os especialistas pedem ao Spotify a implementação de medidas contra fake news, à semelhança do que foi feito por outras plataformas, como o Facebook ou YouTube.

Na segunda-feira, Neil Young, de 76 anos, enviou uma carta à sua equipa e editora pedindo que as suas músicas sejam retiradas do Spotify. “É algo que é muito importante para o Neil. Ele está bastante frustrado em relação a esta desinformação“, afirmou o manager do músico canadiano. Um dia depois, a plataforma de streaming confirmou que a discografia de Young seria removida, o que até agora ainda não aconteceu.

O cantor inglês James Blunt também se juntou ao movimento, brincando no Twitter que lançaria novos temas no Spotify se o podcast de Rogan não for “imediatamente retirado”.