O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, qualificou como “pressão psicológica” a presença dos militares russos junto da fronteira, uma declaração difundida no dia em que começam manobras militares russo-bielorussas na Bielorrússia.
“Nós pensamos que as tropas que se acumulam perto das nossas fronteiras constituem um meio de pressão psicológica por parte dos nossos vizinhos“, disse Zelensky através de um comunicado difundido esta quinta-feira em Kiev.
“Não há nada de novo. No que diz respeito aos riscos, eles existem e nunca deixaram de existir desde 2014”, acrescentou o chefe de Estado ucraniano referindo-se ao ano da anexação da Crimeia pela Rússia e do início do conflito com os separatistas apoiados por Moscovo no leste da Ucrânia.
“A questão é o nível destes riscos e a forma como nós podemos vir a reagir“, continua Zelensky no mesmo documento.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, as manobras que começam esta quinta-feira e se prolongam até ao dia 20 de fevereiro vão decorrer em cinco regiões militares, quatro bases aéreas e em “outros pontos diferentes” da Bielorrússia.
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Uma das zonas onde vão decorrer as manobras situa-se em Brest perto da fronteira entre a Bielorrússia e a Ucrânia.
Por outro lado, a Rússia destacou desde o passado mês de novembro mais de 100 mil soldados para junto das fronteiras orientais da Ucrânia o que fez aumentar no Ocidente o receio de uma invasão.
O Exército da Ucrânia iniciou esta semana manobras militares em território ucraniano prevendo a utilização de aparelhos voadores não tripulados (drones) de fabrico turco e mísseis anticarro enviados por Londres e Washington.
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Na quarta-feira, o vice-ministro da Defesa ucraniano, Ganna Malyar, afirmou que as tropas russas concentradas junto da fronteiras “não estão prontas para uma invasão da Ucrânia, “como temem os ocidentais”, mas serviram mais como “chantagem” exercida por parte do Kremlin.