Depois do Mokka e do Corsa, será o Astra o terceiro modelo da Opel a usufruir de uma variante 100% eléctrica, tanto na versão berlina de cinco portas, como na carrinha Sports Tourer. O novo Astra foi concebido sobre a 3ª versão da plataforma EMP2, a mais recente e a mesma utilizada pelo Peugeot 308 que, apesar de ter sido concebida para alojar motores de combustão, permite oferecer versões híbridas plug-in e 100% eléctricas.
Até aqui, as marcas da antiga PSA, hoje Stellantis, sempre partilharam o mesmo motor de 136 cv e um pack de baterias com a capacidade de 50 kWh, solução que podemos encontrar nos Opel Corsa e Mokka, Peugeot 208 e 2008, DS 3 E-Tense e Citroën ë-C4. Com o Astra, a Opel deverá estrear uma solução eléctrica distinta, com melhores argumentos. De acordo com a imprensa germânica, o motor vê a potência subir de 136 para 154 cv, enquanto o binário aumenta apenas 10 Nm, fixando-se nos 270 Nm.
A alimentar o motor eléctrico está um pack de baterias com 54 kWh de capacidade, em vez dos anteriores 50 kWh, sendo que estes 8% extra de energia armazenada podem fazer a diferença, o que confirmaremos assim que o fabricante anunciar a especificações do Astra-e. Curiosamente, é possível que o Astra utilize um pack com o mesmo volume, por passar a recorrer a células com uma densidade energética superior, o que lhe permitirá encaixar mais capacidade no mesmo “espaço”. Ao que parece, esse incremento fica a dever-se à química das células, do tipo NMC (de níquel, manganês e cobalto), restando saber se vamos estar perante uma 811, com 80% de níquel e 10% de manganês e outro tanto de cobalto, uma vez que esta é a fórmula que assegura a maior densidade entre as NMC.
Este conjunto de motor/bateria/gestão eléctrica será similar ao que a Peugeot vai montar no novo 308. De recordar que a marca francesa, para este seu modelo a bateria, antevê uma autonomia de 400 km, um valor mais interessante para um acumulador com esta capacidade do que para um veículo do segmento C.
O futuro Astra-e faz parte da estratégia delineada pela Opel, construtor que a partir de 2028 apenas proporá veículos 100% eléctricos.