O Governo vai voltar a reunir-se com os especialistas de saúde no Infarmed, na próxima quarta-feira. Segundo o comentador da SIC Luís Marques Mendes, em cima da mesa estará o alívio das medidas relacionadas com pandemia, perante a redução do número de infeções.

“Pelo que apurei, a reunião é na próxima quarta-feira, dia 16, de manhã por videoconferência”, indicou, no habitual espaço de comentário na SIC. A reunião vai centrar-se na “passagem da fase de pandemia para a fase de endemia”. Um dos temas será a mudança do modelo de vigilância, que está a ser estudada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

A ideia é que, no futuro, haja uma distinção nas regras de isolamento entre os infetados com doença grave, moderada e sem sintomas. Além disso, o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) poderá vir a mudar “para uma realidade nova, diferente e atualizada”.

Também será discutida a vacinação, com a eventual administração de uma quarta dose em cima da mesa — que será “provavelmente”, diz Marques Mendes, para os cidadãos de maior risco (e apenas no outono). Mas Portugal só avançará se e quando houver consenso na União Europeia.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Além disso, será debatida a política de testes, para que se concentrem apenas nos doentes com sintomas. Em discussão estarão também os novos medicamentos contra a Covid-19. “É preciso definir política de compras, até porque são medicamentos especialmente caros”, disse Marques Mendes.

Portugal vai ter tropas na Roménia “ao abrigo do acordo da NATO”

Sobre a tensão entre a Rússia e a Ucrânia, Marques Mendes frisou que a NATO não vai intervir militarmente em território ucraniano porque a Ucrânia não pertence à organização. Podem, diz, existir intervenções pontuais para recolher cidadãos do país, mas não mais do que isso.

Outra hipótese, que toca a Portugal, é o envio de tropas para os países da NATO que fazem fronteira com a Ucrânia, como a Roménia. “Portugal também vai ter tropas aí, designadamente na Roménia, ao abrigo do acordo da NATO”, adiantou.

A matéria foi decidida “há várias semanas”, entre o Governo, o Presidente da República e o líder da oposição, Rui Rio.