A jogar bem, a conseguir criar várias oportunidades, a remeter os adversários ao seu meio-campo, a ganhar de forma convincente. Quando muitos colocavam em equação o patamar em que estaria o Liverpool depois de ter ficado um mês sem as grandes estrelas do ataque – Sadio Mané e Salah, que até discutiram entre si a vitória na Taça das Nações Africanas com o Senegal a ser mais forte nas grandes penalidades –, o conjunto de Jürgen Klopp arrancou para um dos melhores momentos da temporada e até reforçado no ataque com Luis Díaz, colombiano contratado ao FC Porto. Tanto que aquilo que chegou a parecer uma miragem, a liderança da Premier League, tornou-se menos impossível. E muito por culpa do rendimento do Diogo Jota.
Naquela que está a ser a época com maior rendimento, o avançado português levava já 17 golos em 30 jogos (mais duas assistências), ocupava a segunda posição da lista de melhores marcadores da Premier League apenas atrás de Salah (16-12) e vinha de um período em que foi decisivo no apuramento para a final da Taça da Liga diante do Arsenal e no triunfo na Premier frente ao Leicester com cinco golos e uma assistência nos últimos quatro encontros que prolongaram a série atual de cinco triunfos consecutivos.
“O segundo golo frente ao Leicester é brilhante. Adorei. O Jota teve um momento de génio ao meter a bola no sítio certo. O primeiro golo é daqueles em que estamos numa boa fase e aparecemos no sítio certo. É nessa fase que ele está. Não tínhamos ideia de qual seria o seu limite… nem sei se ele existe. Está a melhorar”, comentara Jürgen Klopp após o último triunfo com os foxes. “Tínhamos a sensação de que ele poderia fazer. Não foi uma pechincha ou o que quer que seja e não o contratámos de graça… Ainda é um jovem rapaz. Com todo o respeito mas também criamos mais oportunidade do que o Wolves fazia. Pensámos mesmo que ele poderia ser um jogador excecional. Ele já o era, mas com certeza melhorou”, acrescentou.
Diogo Jota is the only Premier League player to score 3+ goals with his left-foot, his right-right foot and his head this season:
◉ 5 left-foot
◉ 3 right-foot
◉ 3 headersHe can do it all. ???? pic.twitter.com/knZbkyuHWd
— Squawka (@Squawka) February 10, 2022
Com o regresso de Salah e Mané, que se juntavam a Diogo Jota, Firmino, Oxlade-Chamberlain, Minamino, Origi, ao contratado Luis Díaz e ao regressado Harvey Elliott, Klopp tinha múltiplas opções para qualquer jogo e foi isso também que mostrou diante do Burnley, fazendo descansar o português e o colombiano para o regresso das duas principais figuras com Firmino. “Estava previsto o [Diogo] Jota jogar de início, com o Sadio [Mané] a entrar a partir do banco, mas teve problemas na perna e não treinou ontem [sábado]. Agora já parece bem mas prefiro não arriscar”, explicou o técnico alemão. E mesmo tendo um dos melhores ataques no mundo a nível de qualidade e quantidade, o triunfo apareceu com um só golo e marcado por um médio.
Fabinho scores his FIFTH goal in 2022 ???? pic.twitter.com/gOXu210QYm
— B/R Football (@brfootball) February 13, 2022
Motivados pelas recentes exibições, os visitados até estiveram melhor e mais perigosos na primeira meia hora, com Weghorst a ser de novo um quebra cabeças para a defesa contrária e Jay Rodríguez a aproveitar também o trabalho do avançado para aparecer em zonas de finalização. Contudo, e já perto do intervalo, foi o Liverpool a chegar à vantagem com um desvio de pé direito após canto que fez o 1-0 (40′). No segundo tempo, que teve Jota a partir dos 67′ em campo, ambas as equipas tiveram algumas oportunidades mas não mais o resultado voltaria a mexer, com o Liverpool a somar mais um triunfo pela margem mínima que mantém os nove pontos de distância em relação ao Manchester City mas com um jogo a menos.
[Clique na imagem para ver o golo do Burnley-Liverpool em vídeo]