Após ter colocado as forças de dissuasão nuclear em alerta máximo, a Rússia levou a cabo, esta terça-feira, exercícios militares com submarinos nucleares, no Mar de Barents, no Oceano Ártico. Já na Sibéria, o país está a testar mísseis intercontinentais.

De acordo com um comunicado da Frota do Norte da Rússia citado pela The Associated Press, vários submarinos nucleares estão envolvidos em exercícios com o objetivo de “treinar manobras em condições de tempestade”. Vários navios de guerra que defendem a Península de Kola, junto à Finlândia, juntar-se-ão dentro de dias a estes treinos.

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Já na região de Irkutsk, na Sibéria, unidades que pertencem às Forças de Mísseis Estratégicas lançaram mísseis balísticos intercontinentais Yars em florestas, indicou o ministério de Defesa russo.

A tutela não especificou se estes exercícios estão relacionados com a ordem de Vladimir Putin para colocar as forças nucleares em alerta máximo. Além disso, também ainda não é claro se os exercícios representam uma mudança nos treinos nucleares russos — mas as ameaças do Presidente russo parecem indicar para uma provocação ao Ocidente.

Na passada quinta-feira, Vladimir Putin apontou que, no que diz respeito aos assuntos militares, “mesmo após a dissolução da URSS [União Soviética] e a perda de uma parte considerável das suas capacidades, a Rússia continua a ser um dos estados nucleares mais poderosos”.

“Rússia continua a ser um dos estados nucleares mais poderosos”, lembra Putin

Putin adiantou que “não deve haver dúvida para ninguém de que qualquer potencial agressor enfrentará a derrota e consequências nefastas se atacar diretamente” a Rússia. Neste momento, as forças de dissuasão do país correspondem a um arsenal que no seu conjunto contém aproximadamente metade das armas atómicas que existem no mundo. 

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Em resposta, a NATO e os EUA mantiveram o mesmo nível de alerta nuclear, mas criticaram a decisão russa. Jens Stoltenberg, secretário-geral da organização militar, destacou a forma “imprudente e irresponsável como a Rússia está a falar de armas nucleares”.