Depois de vários países terem anunciados sanções à Rússia pela invasão na Ucrânia, de a Comissão Europeia, EUA e Reino Unido terem anunciado o bloqueio do SWIFT travando as relações económicas da Rússia e de a Ucrânia estar a por condicionamentos numa possível negociação, Vladimir Putin optou pela resposta mais ameaçadora: colocar as forças de dissuasão nuclear do país em alerta máximo.

A resposta, segundo o próprio, é para todos os países da NATO que têm prestado “declarações agressivas”, na perspetiva do presidente russo. A informação, anunciada pela agência de notícias TASS,  foi dada numa reunião que o presidente teve com o ministro da Defesa Sergei Shoigu e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, avançou este domingo o The Guardian.

“Os altos funcionários dos principais países da NATO também permitem declarações agressivas contra o nosso país, por isso ordeno ao Ministro da Defesa e ao Chefe do Estado-Maior [das Forças Armadas Russas] que transfiram as forças de dissuasão do exército russo para um modo especial de dever de combate”, disse Putin no comunicado.

Putin alertou os países estrangeiros para não interferirem na sua intervenção na Ucrânia, ameaçando mesmo que tal pode conduzir a “consequências que eles nunca viram”. Putin posicionou mísseis antiaéreos e outros sistemas avançados de mísseis na Bielorrússia e deslocou sua frota para o Mar Negro num esforço para impedir uma intervenção ocidental na Ucrânia.

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“Os países ocidentais não estão apenas a tomar ações económicas hostis contra o nosso país, mas os líderes dos principais países NATO estão a prestar declarações agressivas sobre nosso país. Então, ordeno que as forças de dissuasão da Rússia passem a um regime especial de dever”, declarou.