O vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov, admitiu esta quarta-feira que é difícil antever a “magnitude e profundidade” dos danos das sanções ocidentais contra a economia russa, em retaliação pela invasão da Ucrânia.
“A magnitude total e a profundidade das sanções atuais contra a economia russa são difíceis de prever“, disse Borisov, durante uma reunião com altos funcionários do setor de Defesa, citado pela assessoria de imprensa do gabinete do vice-primeiro-ministro.
Borisov sublinhou ainda que a Rússia tem conseguido resultados significativos na redução da sua dependência das importações, “que são sobretudo importantes no que diz respeito à defesa e segurança” do país.
Borisov destacou que esta situação de conforto foi alcançada “graças às medidas de recuperação financeira das empresas do setor de Defesa, adotadas pelo Governo nos últimos dois anos”.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, admitiu quarta-feira que a economia russa está atualmente sob grande pressão.
“Naturalmente, a economia russa está sob grande pressão. Sofreu um duro golpe. Há uma reserva de solidez, há potencial, há planos. Está a funcionar com energia”, disse Peskov numa conferência de imprensa.
Na segunda-feira, Peskov tinha assegurando que a Rússia tinha capacidade para fazer frente à onda de sanções económicas que lhe foram impostas devido à “operação militar especial” lançada contra a Ucrânia.
“São sanções duras, causam problemas, mas a Rússia tem potencial suficiente para compensar os danos que estas causam”, disse o porta-voz da Presidência russa, acrescentando que a prioridade do Governo era “minimizar as consequências” do problema.
“Não tivemos motivos para duvidar da eficácia e fiabilidade do nosso Banco Central, nem temos agora”, declarou Peskov.