Com a invasão das tropas russas à Ucrânia, muitas mulheres tomaram a decisão de se alistar: vestiram as fardas militares, pegaram em armas e estão ao lado dos homens nas trincheiras. “As nossas crianças já estão em segurança (…) Vamos destruir o inimigo em cada canto do território ucraniano“, afirma a soldado ao centro no vídeo partilhado esta segunda-feira nas redes sociais Twitter e Telegram, para assinalar o Dia da Mulher.
Жінки воїни вітають рашистів з 8 березня. Слава Нації ????????
Смерть ворогам????#stoprussia
Telegram – https://t.co/GLExONwd4u
Прошу поширення ???????????? pic.twitter.com/Xi3R1gp813— Анатолій Штефан (Штірліц) (@Shtirlitz53) March 7, 2022
Vivemos num país onde todos são tratados de igual forma. Todos têm o direito de ser protegidos e de lutar. Há centenas de anos [as ucranianas] saíram para lutar pelos seus direitos, igualdade e justiça. Elas hoje também lutam. No entanto, agora têm armas nas mãos, elas podem lutar pela paz na sua própria terra”, lia-se numa mensagem muito partilhada no Telegram.
De acordo com os dados recentes, mais de 15% do exército da Ucrânia é composto por mulheres — o dobro das que se envolveram no conflito de 2014. Por exemplo, comparativamente a Portugal, a percentagem de tropas femininas no efetivo das Forças Armadas era de 13,2% no final de 2021.
Mulheres representam 13,2% das Forças Armadas, afirma o ministro da Defesa
O Presidente da Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros, Robert Biedroń, já tinha informado que a guerra “brutal” levou “à morte sem sentido de muitos soldados ucranianos, 20% dos quais são mulheres”.
Também Ursula von der Leyen lhes dedicou umas palavras: “Neste dia da Mulher, o meu coração está com todas as mulheres ucranianas”, escreveu na sua página de Twitter. “A defender a liberdade. A lutar na linha da frente. A proteger os seus entes queridos. A União Europeia está convosco”, lê-se ainda.
On this #WomensDay my heart goes out to all Ukrainian women.
Standing for freedom.
Fighting on the frontline.
Protecting their loved ones.The European Union is with you. pic.twitter.com/q6n1X4oMLi
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) March 8, 2022
Outros cibernautas aproveitam também a data para elogiar a coragem, resiliência e sentido de dever das tropas femininas da Ucrânia.
On #InternationalWomensDay we want to thank every woman who is doing everything for our protection and victory ???????? just now.
We all united in one wish – peace in #Ukraine, reunification of every family and return home. pic.twitter.com/bGlkcR5ejH— Гюндуз Мамедов/Gyunduz Mamedov (@MamedovGyunduz) March 8, 2022
Happy Womens day to all!⚘????Keep praying for all the woman in Ukraine and the women assisting all those currently in need under difficult circumstances. ???????????????????????????????????????? pic.twitter.com/DY6XOh1vhf
— René Champion (@ReneChampion1) March 8, 2022
To be woman in Ukraine is… pic.twitter.com/FnhVjnmnTy
— Halynka FM???????? StandWithUkraine (@HalinkaFM) March 8, 2022
Na publicação abaixo, um utilizador optou por homenagear as atuais soldados evocando o nome de Iryna Tsvila.
On #InternationalWomensDay, we remember Iryna Tsvila. A writer and mother of five children, Feb 25th 2022, she and her husband died together repelling Russian tanks on the outskirts of Kyiv. #Ukraine pic.twitter.com/kWeGjYHFNS
— Glasnost Gone (@GlasnostGone) March 8, 2022
Mas as palavras de admiração não se cingem apenas àquelas que combatem os russos, vão igualmente para as mulheres que fogem com os filhos nos braços, às que permanecem nas cidades assoladas pelos bombardeamentos, às que fazem parte da resistência, seja a bordar fardas seja a recolher alimentos, e para as decisoras políticas.
Women & girls are the first victims of Putin's invasion of #Ukraine.
They are barricading themselves in their homes, delivering babies in metro stations & schooling their children in bunkers.
Addressing journalists on #IWD2022, I hailed women's strength, courage and resilience. pic.twitter.com/LVQmzahn19
— Roberta Metsola (@EP_President) March 7, 2022
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, caraterizou as mulheres e as crianças do país invadido como “as primeiras vítimas” de Putin, no Twitter. Já anteriormente, elogiou “as mulheres incrivelmente corajosas da Ucrânia que estão a lutar, obrigadas a abrigar os entes queridos em bunkers, a dar à luz em estações de metro e a liderar a linha da frente. É um testemunho de coragem, força e resiliência, mesmo nas piores circunstâncias”.
Esta ideia de sofrimento feminino com várias dimensões repercurte-se também nas redes sociais.
BIG shoutout to women across the world on International Woman’s Day, we still have a way to go, but getting there. Steps backwards &sideways along the road but walking in the right direction. Special thoughts with sports women &those fighting in Ukraine #International Women's Day pic.twitter.com/zwTBaAT1g0
— Sharron Davies MBE (@sharrond62) March 8, 2022
https://twitter.com/andi_russell/status/1501112040596848640
Thinking of every single brave woman and girl in #Ukraine today! May you stay safe, know peace again soon and be comforted knowing how many millions of women across the world stand with you ????????????????????#InternationalWomensDay pic.twitter.com/LzVNQAzbwu
— Jules ???? (@JulesItsjules) March 8, 2022