As inundações na Austrália, que duram há mais de duas semanas, obrigaram à retirada de cerca de 80.000 pessoas em Nova Gales do Sul, anunciaram esta terça-feira as autoridades, que elevaram o número de mortos para 21.

As chuvas torrenciais, que atingiram Sydney e as áreas circundantes forçaram as autoridades a ordenar a retirada de cerca de 80.000 pessoas desde segunda-feira à noite, 60.000 das quais de 13 distritos da parte ocidental de Sydney, a cidade mais populosa da Austrália.

Imagens divulgadas pelos meios de comunicação social mostram estradas completamente inundadas, bem como casas, carros e sinalização rodoviária quase submersos por cheias, especialmente na cidade de Camden e zonas ribeirinhas na parte ocidental de Sidney.

“Estamos novamente, infelizmente, a assistir a chuvas recorde e aos efeitos de grandes inundações”, disse a responsável dos Serviços de Emergência de Nova Gales do Sul, Carlene York, que deu conta de cerca de 200 salvamentos efetuados nas últimas 24 horas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Após as fortes chuvas, que devem durar pelo menos até quinta-feira, com ventos de até 90 quilómetros por hora, há receios de deslizamentos de terra e inundações.

Entretanto, no vizinho Queensland, o terceiro estado mais populoso da Austrália, os esforços de limpeza e reconstrução prosseguem após as inundações de há mais de uma semana terem deixado mais de 20.000 casas e empresas danificadas.

O governo de Queensland estima que a catástrofe causará uma perda de cerca de 733 milhões de dólares (674 milhões de euros), equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto da região no primeiro trimestre do ano.

As autoridades australianas, que planeiam destacar cerca de 5.000 soldados no final desta semana para trabalhos de socorro e limpeza em Nova Gales do Sul e Queensland afirmaram, esta terça-feira, que mais de 250.000 pessoas candidataram-se a receber apoios financeiros na sequência da catástrofe.