O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu esta segunda-feira que os recrutas ou militares na reserva não vão combater na Ucrânia e explicou que a ofensiva está a ser realizada por “profissionais” que cumprem “os objetivos estabelecidos”.
“Quero enfatizar o facto de que os soldados que passam pelo recrutamento não participam e não participarão nos combates. Também não haverá recrutamento adicional dos reservistas”, sublinhou o chefe de Estado russo, num discurso televisivo em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Vladimir Putin realçou que “as metas estabelecidas são implementadas apenas por militares profissionais”.
“Tenho certeza de que garantem efetivamente a segurança e a paz para o povo russo”, vincou.
O Pentágono referiu esta segunda-feira que a Rússia está a recrutar combatentes sírios para “aumentar as suas forças na Ucrânia”, confirmando os relatos noticiados no fim de semana pelo Wall Street Journal.
Relatórios dos EUA indicam que a Rússia, que opera dentro da Síria desde 2015, recrutou nos últimos dias combatentes sírios na esperança de que a sua experiência em combates urbanos possa ajudar a tomar Kiev, segundo aquele jornal.
De acordo com uma publicação com sede na cidade síria de Deir Ezzor, a Rússia ofereceu aos voluntários entre 200 a 300 dólares (entre cerca de 180 a 270 euros) “para ir para a Ucrânia operar como guardas armados” durante seis meses e também confirmou que há combatentes chechenos no terreno.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.