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Ucrânia acusa Rússia de bombardear centro oncológico e mesquita que abrigava mais de 80 civis

Este artigo tem mais de 2 anos

De acordo com as autoridades ucranianas, uma mesquita que abrigava mais de 80 pessoas, incluindo cidadãos turcos, em Mariupol, foi bombardeada. Também um centro oncológico foi alvo de ataque.

É nesta mesquita que, segundo as autoridades ucranianas, "mais de 80 adultos e crianças estão abrigados do conflito, incluindo cidadãos turcos"
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É nesta mesquita que, segundo as autoridades ucranianas, "mais de 80 adultos e crianças estão abrigados do conflito, incluindo cidadãos turcos"

É nesta mesquita que, segundo as autoridades ucranianas, "mais de 80 adultos e crianças estão abrigados do conflito, incluindo cidadãos turcos"

A noite desta sexta-feira foi marcada por mais episódios de sobressalto na Ucrânia devido à invasão russa. Desta vez, as autoridades ucranianas apontam à Rússia um ataque a um hospital que presta cuidados oncológicos, a vários edifícios residenciais em Mykolaiv, no sul do país, e ainda a uma mesquita em Mariupol, que abriga mais de 80 civis, incluindo cidadãos turcos. Não se sabe, no entanto, quando é que este ataque aconteceu, tendo sido revelado esta madrugada, e se provocou feridos ou vítimas mortais.

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, na sua conta do Twitter, “a mesquita do sultão Suleiman, o magnífico, e de sua esposa Roxolana, em Mariupol, foi bombardeada pelos invasores russos”. A mesma nota acrescenta que “é aqui que mais de 80 adultos e crianças estão abrigados do conflito, incluindo cidadãos turcos”. 

Mariupol, no sudeste da Ucrânia, é um dos pontos mais problemáticos neste momento, com milhares de pessoas cercadas há vários dias. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, classificou este local como “uma das maiores catástrofes humanitárias no planeta, com 1.582 civis mortos em 12 dias”. Na quarta-feira passada um hospital na cidade foi bombardeado, provocando três mortes.

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As autoridades ucranianas conseguiram que fosse aberto um corredor humanitário em Mariupol, para levar alimentos e medicamentos. Este sábado estava prevista a abertura de seis corredores humanitários às 9h da manhã (7h em Lisboa).

Ucrânia acusa Rússia de bombardear hospital oncológico

Também na noite desta esta sexta-feira Maxim Beznosenko, diretor de um instituto oncológico em Mykolayiv, acusava nas suas redes sociais as forças russas de terem destruído este hospital no sul do país. “Só uma aberração pode atacar os fracos. Os fracos não somos nós, são os nossos doentes”, disse, descrevendo como “não humanos” as forças russas que abriram fogo a um hospital oncológico, “que presta assistência a pacientes oncológicos de toda a região de Mykolayiv”.

Se a Rússia vê em pacientes com cancro um adversário como uma ameaça — não é só doente, já está em agonia”, acusou.

Mais tarde, as autoridades ucranianas acusaram também a Rússia de terem atingido este hospital que presta cuidados oncológicos e vários edifícios residenciais na cidade de Mykolaiv, com bombardeamentos de artilharia pesada.

Maxim Beznosenko disse que várias centenas de pacientes estavam no hospital durante o ataque, que não causou vítimas. O ataque danificou o edifício e rebentou janelas. As forças russas intensificaram os ataques a Mykolaiv, localizada a 470 quilómetros a sul de Kiev, numa tentativa de cercar a cidade.

O responsável do instituto publicou também nas redes sociais esta manhã algumas fotografias que diz serem do “rescaldo do bombardeamento” e onde se podem ver alguns vidros partidos e portas destruídas. Segundo um jornalista da AFP, foram atingidos um centro oncológico e um hospital oftalmológico.

“Dispararam sobre estas áreas civis, sem nenhum objetivo militar. Aqui há um hospital, um orfanato, um centro oftalmológico”, todos localizados no bairro de Ingoulski, na zona norte da cidade, indicou Dmytro Lagotchev, chefe do hospital, citado pela AFP.

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