A Rússia continua a tentar vencer a guerra que desencadeou na Ucrânia, apesar das dificuldades que têm sido relatadas. Para isso, o Kremlin está à procura de mercenários sírios, que tenham experiência em guerra urbana, de maneira a conseguir capturar as cidades ucranianas, em particular Kiev. Ao que apurou o Telegraph junto ao Observatório Sírio de Direitos Humanos no Reino Unido, mais de 40 mil sírios já terão aceitado lutar ao lado das forças russas.

Aquilo que parecia ser uma guerra fácil ao início está a criar problemas a Vladimir Putin. De acordo com o órgão britânico, o Presidente russo “precisa de mais tropas” do que as alocou originalmente para esta guerra — cerca de 170 mil.

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As tropas da Síria poderão ser uma solução para ganhar a guerra e a Rússia anunciou na sexta-feira que 16 mil soldados já se tinham voluntariado. Uma das maneiras de recrutar soldados passa pelo Facebook, principalmente em grupos privados das forças armadas sírias. Aos mercenários que vão para a Ucrânia são-lhes prometidos três mil dólares (cerca de 2.700 mil euros) durante seis meses, um valor considerável num país em que o salário médio é de 100 mil libras sírias (aproximadamente 27 euros por mês).

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Para tentar travar a ida de soldados sírios para a Ucrânia, o mufti — um dos principais responsáveis islâmicos da Ucrânia — deixou um apelo aos soldados da Síria. “Vladimir Putin quer contratar-vos para trazer-vos para Ucrânia. Não venham para cá matar-nos, não cometam um pecado. Os muçulmanos são parte da Ucrânia”, disse Said Ismagilov.

Durante a guerra civil síria, a Rússia apoiou a fação de Bashar al-Assad, o atual Presidente, tendo enviado armas e soldados para o país. Desde aí, a Síria tem apoiado o Kremlin, tendo sido um dos cinco países que reprovou a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condena a invasão russa da Ucrânia.

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Um veterano do exército sírio que se mostra disponível para lutar na Ucrânia disse ao Telegraph que “precisa de alimentar a família” e que a “Rússia lutou” na Síria: “É normal que vá e que os ajude caso [os russos] necessitem”. Sem nunca revelar a identidade, o homem indicou que “não quer saber quem está na Ucrânia” — é apenas “importante lutar com a Rússia”.