Salvo alguma mudança, mais de metade do território nacional continuará sem meios de videovigilância florestal em agosto de este ano — o mês de maior risco de incêndios florestais. A notícia foi avançada ao JN por Luís Silva, diretor de Monitorização Remota e Apoio à Decisão da INOV – Instituto de Engenharia dos Sistemas e Computadores Inovação.

Segundo adiantou ao diário este responsável da INOV, que se apresenta como uma das principais infraestruturas tecnológicas nacionais no domínio das Tecnologias da Informação, Comunicações e Eletrónica (TICE), não existem atualmente câmaras de videovigilância florestal nos distritos de Faro, Braga, Portalegre, Viana do Castelo e Vila Real. E a cobertura é reduzida em Aveiro, Bragança e Setúbal.

Neste momento, o país tem 120 câmaras de videovigilância, instaladas para permitir uma deteção mais rápida e um combate mais eficaz aos fogos florestais em época alta (verão), indica ainda o JN. Em agosto, esse número aumentará para 137 câmaras, sendo ainda assim insuficiente para cobrir sequer metade do território.

A INOV terá reunido há três anos com o então ministério da Administração Interna, Eduardo Cabrita, para alertar o Governo para a insuficiência de meios, refere ainda o JN. O problema, porém, não se solucionou, deixando alguns dos distritos habitualmente mais fustigados pelos incêndios (como Portalegre, Vila Real e — sobretudo — Faro) sem cobertura de videovigilância na floresta.

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