Fruto de um investimento de 5000 milhões de euros, começou hoje a laborar oficialmente a primeira fábrica europeia da Tesla, localizada nos arredores de Berlim, na Alemanha. O momento, que ocorreu dois anos depois de lançada a primeira pedra, contou com a presença de Elon Musk, o CEO da marca norte-americana, o chanceler alemão Olaf Scholz e os seus ministros da Economia e do Ambiente, incluindo ainda uma sessão de entrega a clientes das primeiras unidades saídas da linha de montagem.
Com um atraso de quase oito meses face ao que estava previsto, sobretudo devido às exigências dos ambientalistas, a denominada gigafactory Berlim deverá ocupar 12.000 trabalhadores, de forma a produzir 500.000 veículos por ano (Model 3 e Model Y). Além disso, incluirá uma fábrica de células para baterias, capaz de gerar acumuladores com a capacidade anual de 50 GWh.
Excited to hand over the first production cars made by Giga Berlin-Brandenburg tomorrow!
— Elon Musk (@elonmusk) March 21, 2022
A gigafactory Berlim já produziu algumas unidades, para validar o funcionamento da linha de produção, processando-se a partir daqui um processo gradual de incremento do ritmo de fabricação. De acordo com a JP Morgan, em 2022 deverão sair 54.000 veículos da fábrica alemã, para depois aumentar para 280.000 carros/ano em 2023 e 500.000 em 2025.
Witnessing history! ????#GigaBerlin #Gigafactory #tsla pic.twitter.com/l4kp29mUVF
— Thorben (@ThorbenGroth) March 22, 2022
De momento, apenas estão a ser produzidos Model Y, juntando-se em breve o Model 3. Mas todos eles vão recorrer às megacasts à frente e atrás, além de uma terceira para o pack de baterias, o que permite, por exemplo, construir toda a zona frontal com apenas uma peça de alumínio forjada, em vez de cerca de 70 mais pequenas no mesmo material, soldadas entre si.
???????????????? Danke Deutschland!! ????????????????
— Elon Musk (@elonmusk) March 22, 2022
Resta saber se as primeiras unidades já montam as novas células 4680, que permitem aumentar a capacidade e diminuir os riscos e os custos. Estes modelos começarão a ser distribuídos na Alemanha, para depois a entrega passar a cobrir os restantes países europeus, evitando-se assim importações a partir dos EUA e da China, ainda que estas últimas devam continuar, ainda que em menor número, até 2023.