A Rússia é uma das principais potências mundiais na ginástica rítmica, tendo agora as irmãs gémeas Dina e Arina Averina como expoentes máximos, mas também a Ucrânia mantém tradição nesta especialidade. Exemplos: Anna Bessonova continua a ser a atleta com mais medalhas de sempre em Mundiais entre todas as categorias, Olena Vitrychenko está no top 5 das atletas com mais medalhas em provas individuais, Vlada Nikolchenko ganhou um bronze nos Mundiais de 2019, Ganna Rizatdinova conseguira o bronze nos Jogos de 2016 antes de Khrystyna Pohranychna e Viktoriia Onopriienko ficarem no top 10 olímpico em Tóquio.

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Katya Dyachenko, de 11 anos, era tida como uma espécie de next big thing da modalidade no país, com vários títulos nos seus escalões etários conseguidos no plano nacional. Esta semana, perdeu a vida. Após ter visto a sua casa atingida por mais um míssil russo em Mariupol, foi agora encontrada debaixo dos escombros.

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“Esta é a nossa ginasta Katya Dyachenko. Ela tinha 11 anos. Morreu debaixo dos escombros da sua casa em Mariupol quando um projétil russa a atingiu durante o dia. Ela poderia ter tido um futuro brilhante à sua frente como jovem campeã ucraniana. Mas, num segundo, desapareceu”, escreveu no Twitter Anna Purtova, membro do Parlamento da Ucrânia e chefe da delegação permanente na Assembleia Parlamentar da Organização de Cooperação Económica do Mar Negro após ter conhecimento da notícia.

“Era suposto conquistar o mundo mas morreu enterrada nos escombros. Ela deveria trazer sorrisos ao mundo. Que culpa têm as crianças?”, comentou Anastasia Meshchanenkov, treinadora de Katya Dyachenko.

“Uma das bombas atingiu a casa onde estava a Katya, a mãe, o pai e o irmão. A Katya e o pai levaram com um teto que caiu em cima deles e tiveram morte imediata, a mãe viu tudo. A mãe e o irmão dela sobreviveram e foram levados para o último hospital que ainda existe em Mariupol. Falámos com um vizinho que estava a levar roupas e outras coisas. A Katya era uma ginasta que trabalhava muito, que foi a várias competições e que ganhava medalhas. Tinha muito talento e um dia podia ter sido uma campeã olímpica. O clube onde treinava dizia isso, que era uma super ginasta e muito apaixonada pelo que fazia”, contou Lidia Vynogradna, que era oficial da Federação de Ginástica da Ucrânia, em declarações ao Metro.