Vladimir Putin criticou, esta sexta-feira, a política de cancelamento do Ocidente. O Presidente russo disse que a Europa e os Estados Unidos estão a “tentar cancelar” o país, indicando que existe “uma discriminação progressiva de tudo o que tenha a ver com a Rússia”.
Para exemplificar o seu ponto de vista, o chefe de Estado da Rússia mencionou o caso da escritora J.K. Rowling, conhecida pela saga de culto “Harry Potter”. O Ocidente “cancelou” a “escritora infantil” britânica, cujos “livros estão publicados por todo o mundo”, uma vez que não “satisfez as exigências dos direitos de género”.
No entanto, J.K. Rowling não gostou que o seu nome tenha sido mencionado por Vladimir Putin. Na sua conta pessoal do Twitter, reconheceu que as críticas à “política de cancelamento do Ocidente” são possíveis, mas não por aqueles que “massacram civis pelo crime de resistência”, ou “colocam na prisão e envenenam os seus críticos”, numa alusão ao opositor russo Alexei Navalny.
A escritora terminou a publicação com uma hashtag de apoio à Ucrânia: “#IStandWithUkraine” [Estou ao lado da Ucrânia]”.
Critiques of Western cancel culture are possibly not best made by those currently slaughtering civilians for the crime of resistance, or who jail and poison their critics. #IStandWithUkraine https://t.co/aNItgc5aiW
— J.K. Rowling (@jk_rowling) March 25, 2022
Além disso, J.K. Rowling referiu, no Twitter, o seu projeto de solidariedade com “orfanatos e outras instituições” ucranianos, que “estão excecionalmente vulneráveis agora mesmo”. Numa resposta a uma seguidora, J.K. Rowling revelou ainda amar a Ucrânia.