Uma noite feliz para “CODA” e “Duna”, infeliz para “O Poder do Cão” e agridoce para Jane Campion (a realizadora deste filme), histórica para o streaming mas manchada pelo momento mais insólito e mediático da história recente dos Óscares: a altura em que o ator Will Smith — que até venceria minutos mais tarde uma estatueta pelo papel desempenhado em “King Richard: Para Além do Jogo” — se levantou da cadeira para ir ao palco agredir Chris Rock, humorista que tinha acabado de fazer uma piada sobre a sua mulher.
Foi assim, com os prémios subitamente (e inesperadamente) remetidos para segundo plano depois de uma agressão filmada e transmitida em direto para todo o mundo, que decorreu mais uma noite de entrega dos Óscares.
Como habitual, a cerimónia de celebração do cinema organizada pela Academia de Hollywood — que já vai na 94ª edição — decorreu no Dolby Theatre, em Los Angeles. E conseguiu também, contrariando todo o tom político e de intervenção social que vinha marcando os discursos dos vencedores nos últimos anos (nomeadamente sobre a política interna americana, Donald Trump e questões sociais como o racismo e a desigualdade de oportunidades consoante géneros e etnias), ignorar quase olimpicamente a guerra na Ucrânia, que gera receios de uma nova guerra mundial em grande escala e que até fez o presidente dos EUA viajar há poucos dias para a Polónia.
Uma agressão e o agressor a chorar: “Espero que a Academia me volte a convidar”
Eram quase 3h30 da madrugada em Portugal, 19h30 de domingo em Los Angeles, quando o insólito aconteceu. O humorista Chris Rock, que se preparava para anunciar o vencedor do Óscar de Melhor Documentário, virou-se para Jade Pinkett Smith e fez uma piada sobre a falta de cabelo da mulher de Will. Fê-lo sugerindo que Jade poderia entrar em “G.I. Jane II”, um eventual sucessor do filme de 1997 (“G.I. Jane”) que tinha como personagem principal uma mulher careca.
A reação foi imediata. Jade Pinkett Smith, que sofre de falta de cabelo devido a uma doença, mostrou uma cara de desagrado perante a piada. Já Will Smith começou por sorrir mas levantou-se logo de seguida, dirigiu-se ao palco e deu aí uma bofetada ao humorista. Visivelmente atarantado, Chris Rock ainda disse a Will Smith que fizera apenas uma piada sobre um filme, ao que o ator lhe gritou: “Mantém o nome da minha mulher longe da porra da tua boca”. Esta troca de palavras não foi transmitida na emissão televisiva norte-americana — que foi interrompida —, de acordo com a estação CNN.
Seria porventura expectável que algo tivesse acontecido posteriormente: que devido à agressão Will Smith fosse convidado a sair, que a Academia reagisse oficialmente a uma agressão notória que acabara de ocorrer ou até mesmo que a entrega do Óscar de “Melhor Ator” fosse adiada. Nada disso aconteceu, Will Smith ainda foi filmado a rir minutos mais tarde — sentado confortavelmente no seu lugar — e acabou por voltar ao palco para discursar depois de receber um Óscar.
Porque nada aconteceu nem houve qualquer esclarecimento oficial durante os minutos seguintes, a cerimónia prosseguiu com dúvidas sobre se o momento fora real ou uma encenação humorística. Só quando Will Smith discursou, chorando e fazendo alusões à agressão que cometera antes, ficou evidente que se tratara de uma agressão real.
A bofetada de Will Smith a Chris Rock no momento mais insólito (da História) dos Óscares
Foi já emocionado que o ator começou a discursar. O discurso foi o mais longo de todos os vencedores da noite até então e Will Smith, falando lentamente e com lágrimas a caírem pela cara, começou dizendo: “Oh man… O Richard Williams [o pai das tenistas Venus e Serena Williams, papel que interpretou no filme “King Richard”] era um defensor feroz da sua família”.
“Neste momento da minha vida, estou assoberbado pelo que Deus me está a convocar para fazer e para ser neste mundo. Estou a ser chamado para, na minha vida, amar pessoas e proteger pessoas. E para ser um rio para as minhas pessoas”, acrescentou.
Parecendo visar a piada que Chris Rock dirigiu ao sua mulher e a reação que teve à mesma, Will Smith continuou: “Sei que neste mundo e neste meio tens de ser capaz de tolerar abusos, ter pessoas a dizerem loucuras sobre ti, ter pessoas a desrespeitar-te. Tens de sorrir e fingir que está tudo bem”. Depois, revelou o que Denzel Washington lhe disse após a agressão: “É quando estás mais alto que o diabo vem até ti”.
“Quero ser um veículo para a partilha de amor. Quero ser um embaixador para esse tipo de amor e cuidados. Quero pedir desculpa à Academia, a todos os meus colegas nomeados”, referiu ainda, acrescentando mais tarde: “O amor vai levar-vos a fazer coisas loucas. Queria deixar uma palavra à minha mãe. Neste momento realmente complicado para mim… poder amar e cuidar da minha mãe, da minha família e da minha mulher é uma honra pela qual estou grato. Obrigado por este momento e obrigado em nome de Richard Williams e de toda a família Williams. Espero que a Academia me volte a convidar”.
As cinco canções nomeadas na noite em que Billie Eilish e Finneas venceram com “No Time to Die”
Esta não foi a primeira vez que Chris Rock fez uma piada sobre a mulher de Will Smith — com quem não terá uma relação próxima, apesar de serem duas figuras proeminentes de Hollywood. Em 2016, também numa cerimónia de apresentação dos Óscares, Rock satirizara o facto de Jada Pinkett Smith ter decidido boicotar os prémios naquele ano, não aparecendo na cerimónia: “A Jada boicotar os Óscares é como eu boicotar as cuecas da Rihanna: não fui convidado…”. O que nunca acontecera era, na sequência de uma piada — ainda que de discutível bom gosto —, Will Smith agredir alguém em direto.
A vitória histórica de “CODA”, da Apple TV+ e do streaming
Se os prémios ficaram para segundo plano na sequência da agressão, esta foi uma noite especialmente feliz para “CODA” e para a indústria do streaming. O filme, uma adaptação do francês “La Famille Bélier” (2014), narra a história de Ruby Rossi (interpretada pela atriz Emilia Jones, de 20 anos), a única pessoa com capacidades auditivas numa família de pessoas surdas. O acrónimo CODA significa, aliás, “Child Of Deaf Adults” — expressão que em português pode traduzir-se para algo como “filha de adultos surdos”.
O filme realizado pela escritora e cineasta norte-americana Sian Heder estava nomeado a apenas três categorias dos Óscares. Parecia assim partir muito atrás de “O Poder do Cão”, que obtivera 12 nomeações, mas também de “Duna” (dez nomeações) e de “Belfast” e “West Side Story”, ambos com sete nomeações.
“CODA” acabou no entanto por conquistar os três Óscares a que estava nomeado. Venceu “Melhor Argumento Adaptado”, uma surpresa relativa. Ficou com “Melhor Ator Secundário”, devido ao trabalho de interpretação do ator Troy Kotsur, que se tornou o primeiro homem surdo a ganhar um Óscar como ator — depois de Marlee Matlin, que curiosamente também entra em “CODA”, ter vencido o de melhor atriz em 1987 pelo filme “Filhos de Um Deus Menor”, de Randa Haines.
Mais surpreendente ainda, “CODA” foi o vencedor da estatueta de “Melhor Filme”, categoria em que concorria contra filmes como “O Poder do Cão”, “Belfast”, “Duna”, “Licorice Pizza” e “Drive My Car”.
Ryusuke Hamaguchi: um japonês atrás das coincidências da vida
Se a vitória de “CODA” foi retumbante, exponenciada ainda mais pelas expectativas modestas relativamente ao reconhecimento que se previa que o filme tivesse nos Óscares, esta foi também uma noite histórica para toda a indústria de streaming. Pela primeira vez, um filme visto maioritariamente pela televisão e não em salas de cinema venceu o Óscar de “Melhor Filme”. Foi uma vitória em toda a linha para a Apple TV+, que adquiriu os direitos de distribuição do filme e o exibiu na sua plataforma digital.
Apesar do filme ter estreado no festival de cinema de Sundance, em 2021, e de ter sido exibido em algumas salas de cinema (em especial, nos EUA), foi um filme visto pela larga maioria dos espectadores através da televisão. Em Portugal, por exemplo, não estreou sequer em sala. A noite terá sido de qualquer forma agridoce para a Netflix, que há vários anos tenta sem sucesso conquistar esta categoria dos Óscares e que tem vindo a ser ano após anos a plataforma de streaming com mais nomeações.
“CODA” tornou-se também esta madrugada de segunda-feira (noite de domingo nos EUA) o primeiro filme em que os principais papéis foram atribuídos a atores e atrizes sem capacidades auditivas a vencer a categoria mais desejada dos Óscares.
Seis Óscares para “Duna”, o contraste com “Belfast” e a malapata da Netflix
Se “CODA” venceu o Óscar de Melhor Filme, “Duna” foi o mais premiado da noite. A longa-metragem do cineasta canadiano Denis Villeneuve conquistou seis estatuetas: “Melhor Som”, “Melhor Banda Sonora” — da autoria de Hans Zimmer, que estava a dormir num hotel em Amesterdão e foi de roupão para o bar ao saber que tinha vencido o Óscar —, “Melhor Montagem”, “Melhores Efeitos Visuais”, “Melhor Fotografia” e “Melhor Design de Produção”.
It’s 2am in Amsterdam, and my daughter Zoë woke me up to go to the hotel bar. Wow!! #Oscars pic.twitter.com/VlwnrElkaL
— Hans Zimmer (@HansZimmer) March 28, 2022
É certo que são seis categorias maioritariamente técnicas e menos mediáticas. Tanto assim que é de todas estas, cinco foram anunciadas antes mesmo da cerimónia começar, numa tentativa de poupar tempo que ou não resultou ou teve um recuo, visto que durante a transmissão televisiva acabaram por ser revelados à mesma os vencedores de categorias técnicas (contrariamente ao que se previa) e mostrados excertos previamente gravados dos agradecimentos.
A hipótese de ser um recuo da Academia, que queria uma cerimónia de Óscares mais curta e não a teve (a duração foi a habitual), não é de descartar, já que vários membros ameaçaram demitir-se por entenderem que estas áreas técnicas do cinema estavam a ser menosprezadas.
Quem não conseguiu vencer muitas estatuetas, técnicas ou não, foi “O Poder do Cão”, que era candidato a 12 Óscares e acabou por vencer apenas um — o de Melhor Realizadora, atribuído à cineasta do filme, a neozelandesa Jane Campion. É também mais uma longa-metragem exibida pela Netflix a não conseguir vencer o Óscar principal, depois de “Roma” (de Alfonso Cuarón), “O Irlandês” (de Martin Scorsese), “Marriage Story” (de Noah Baumbach), “Mank” (de David Fincher) e “Os 7 de Chicago” (de Aaron Sorkin) terem sido nomeados para a categoria de “Melhor Filme” mas terem falhado a distinção.
Entre os filmes mais nomeados, “Belfast” venceu apenas uma estatueta das sete a que era candidato — a de “Melhor Argumento Original”, atribuída ao guionista britânico (que também é o realizador do filme) Kenneth Branagh — e o mesmo aconteceu a “West Side Story”, a adaptação mais recente do musical por Steven Spielberg, que foi distinguido com o Óscar de “Melhor Atriz Secundária” pela interpretação da atriz Ariana Debose.
Debose, que encarnou no filme a personagem Anita, foi também a autora de um dos discursos mais emotivos da noite. A atriz, que é filha de pai porto-riquenho, pediu a quem a ouvia que a imaginasse como “uma pequena miúda sentada no banco de trás de uma Ford Focus”, como já o foi no passado. “Olhem-na os olhos: o que veem é uma mulher queer, uma mulher de cor que é abertamente queer, uma afro-latina que encontrou a sua força nesta vida através da arte”.
Penso que é isso que estamos aqui a celebrar. Portanto, a todos os que já tiveram a sua identidade questionada vez atrás de vez atrás de vez, ou que deem por si a viver em espaços cinzentos, prometo isto: há efetivamente um lugar para nós”, referiu.
There is indeed a place for us. ❤️ @ArianaDeBose #Oscars pic.twitter.com/JHMbU6pMjh
— IMDb (@IMDb) March 28, 2022
Ariana DeBose: o papel que a deixou com dúvidas foi o mesmo que lhe deu o Óscar
Outro dos discursos emotivos da noite foi o de Troy Kotsur, o primeiro homem surdo a vencer um Óscar de interpretação (venceu o de Melhor Ator Secundário).
Com recurso à ajuda de um tradutor de língua gestual, que chorou enquanto proferia as palavras de Kotsur, o ator norte-americano começou por fazer uma piada dizendo que chegou a pensar ensinar ao Presidente dos EUA, Joe Biden, e à sua esposa, a primeira-dama Jill Biden, alguns palavrões em língua gestual — mas acabou por se refrear.
Agradecendo à realizadora Sian Heder por ter “juntado os mundos das pessoas surdas e da pessoas que ouvem” através do filme, por ser “a nossa ponte, e o teu nome vai estar sempre nessa ponte”, Troy Kotsur contou também a história trágica do pai: “Era a melhor pessoa a gesticular na nossa família. Mas teve um acidente de carro e ficou paralisado do pescoço para baixo. E deixou de poder fazer gestos”.
Pai, aprendi tanto contigo. Vou sempre amar-te. És o meu herói. (…) Queria só dizer que isto é dedicado à comunidade surda, à comunidade do ‘CODA’ e à comunidade com algum tipo de deficiência. Este é o nosso momento. À minha mãe, ao meu pai e ao meu irmão Mark: não estão aqui hoje, mas olhem para mim agora: eu consegui. Amo-vos. Obrigado”, rematou.
"This is dedicated to the deaf community, the 'CODA' community, and the disabled community. This is our moment!"@TroyKotsur is the first deaf man to win an Academy Award for acting.
Here is his acceptance full speech.https://t.co/TZLBRpIUHo #oscars pic.twitter.com/PARdxIzP1M
— ABC News (@ABC) March 28, 2022
Troy Kotsur: o Melhor Ator Secundário que recriava cenas de “Tom and Jerry” para os colegas surdos
Nas categorias de interpretação, houve ainda um Óscar entregue a Jessica Chastain (“Os Olhos de Tammy Faye”, também distinguido com o Óscar de Melhor Caracterização), que bateu pesos pesados como Olivia Colman, Penelope Cruz, Nicole Kidman e Kirsten Stewart.
O Óscar de Melhor Documentário foi por sua vez para “Summer of Soul” e o de Melhor Filme Internacional para o japonês “Drive My Car”. Já na categoria de animação o Óscar foi entregue a “Encanto”, que superou “Fleet”, “Luca”, “The Mitchells vs. The Machines” e “Raya The Last Dragon”.
A melhor curta documental foi, para a Academia, “The Queen of Basketball” e a melhor curta-metragem “The Long Goodbye”. Já “The Windshield Wiper” venceu na categoria Melhor Curta de Animação e “Cruella” na de melhor guarda-roupa, superando “Nightmare Alley”, que valera uma nomeação ao designer luso-canadiano Luís Sequeira.
O teatro, o cinema, as séries e o Óscar: finalmente, Jessica Chastain
Pode consultar aqui a lista completa de vencedores:
MELHOR FILME
“CODA”
“Belfast”
“Não Olhem Para Cima”
“Drive My Car”
“Duna”
“King Richard”
“Licorice Pizza”
“Nightmare Alley”
“O Poder do Cão”
“West Side Story”
MELHOR ATOR
Will Smith, em “King Richard”
Javier Bardem, em “Being the Ricardos”
Benedict Cumberbatch, em “O Poder do Cão”
Andrew Garfield, em “Tick Tick Boom”
Denzel Washington, em “Macbeth”
MELHOR ATRIZ
Jessica Chastain, em “Os Olhos de Tammy Faye”
Olivia Colman, em “A Filha Perdida”
Penelope Cruiz, “Maes Paralelas”
Nicole Kidman, em “Being The Ricardos”
Kristen Stewart, em “Spencer”
MELHOR REALIZAÇÃO
Jane Campion, por “O Poder do Cão”
Kenneth Branagh, por “Belfast”
Ryusuke Hamaguchi, “Drive My Car”
Paul Thomas Anderson, “Licoricce Pizza”
Steven Spielberg, por “West Side Story”
MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
“Coda”, Sian Heder
“Drive My Car”, Ryusuke Hamaguchi, Takamasa Oe
“Duna”, Jon Spaihts, Denis Villeneuve, Eric Roth
“O Poder do Cão”, Jane Campion
“A Filha Perdida”, Maggie Gyllenhaal
MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Ariana Debose, em “West Side Story”
Judi Dench, em “Belfast”
Kirsten Dunst, em “O Poder do Cão”
Aunjanue Ellis, em “King Richard”
Jessie Buckley, em “A Filha Perdida”
MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
Troy Kotsur, em “CODA”
Ciarán Hinds, em “Belfast”
Jesse Plemons, “O Poder do Cão”
J. K. Simmons, “Being the Ricardos”
Kodi Smit-McPhee, em “O Poder do Cão”
MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
Kenneth Branagh, por “Belfast”
Eskil Vogt, por “A Pior Pessoa do Mundo”
Paul Thomas Anderson, por “Licorice Pizza”
Adam McKay, por “Não Olhem Para Cima”
Zach Baylin, “King Richard”
MELHOR SOM
“Duna”
“Belfast”
“Sem Tempo Para Morrer”
“O Poder do Cão”
“West Side Story”
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
“The Windshield Wiper”
“Affairs of the Art”
“Bestia”
“Boxballet”
“Robin Robin”
MELHOR GUARDA ROUPA
“Cruella”
“Duna”
“Cyrano
“Nightmare Alley”
“West Side Story”
MELHOR BANDA SONORA
“Duna”, Hans Zimmer
“O Poder do Cão”, Jonny Greenwood
“Encanto”, Germaine Franco
“Não Olhem Para Cima”, Nicholas Britell
“Mães Paralelas”, Alberto Iglesias
MELHOR CURTA METRAGEM
“The Long Goodbye”
“Ala Kachuu – Take and Run”
“The Dress”
“On My Mind”
“Please Hold”
MELHOR MONTAGEM
“Duna”
“Não Olhem Para Cima”
“King Richard”
“O Poder do Cão”
“Tick Tick Boom”
MELHOR CARACTERIZAÇÃO
“Os Olhos de Tammy Faye”
“Duna”
“Casa Gucci”
“Cruella”
“Um Príncipe em Nova Iorque 2”
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
“Encanto”
“Flee”
“Luca”
“The Mitchells vs. The Machines”
“Raya The Last Dragon”
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“No Time to Die”, Billie Eilish, Finneas O’Connell (“Sem Tempo Para Morrer”)
“Dos Oruguitas”, Lin-Manuel Miranda (“Encanto)
“Be Alive”, Beyoncé Knowles-Carter, Dixson (“King Richard”)
“Down to Joy”, Van Morrison (“Belfast”)
“Somehow You Do”, Diane Warren (“Four Good Days”)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
“Summer of Soul (Or, When The Revolution Could Not Be Televised)”
“Flee”
“Attica”
“Riding with Fire”
“Ascension”
MELHOR CURTA DOCUMENTAL
“The Queen of Basketball”
“Audible”
“Lead Me Home”
“Three Songs For Benazir”
“When We Were Bullies”
MELHORES EFEITOS VISUAIS
“Duna”
“Free Guy”
“Sem Tempo Para Morrer”
“Shang Chi e a lenda dos Dez Anéis”
“Spider Man: No Way Home”
MELHOR FOTOGRAFIA
“Duna”
“Nightmare Alley”
“The Tragedy of Macbeth”
“O Poder do Cão”
“West Side Story”
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
“Duna”
“Nightmare Alley”
“O Poder do Cão”
“The Tragedy of Macbeth”
“West Side Story”
MELHOR FILME INTERNACIONAL
“Drive My Car”
“Flee”
“A Mão de Deus”
“Lunana: A Yak in the Classroom”
“A Pior Pessoa do Mundo”
A bofetada de Will Smith a Chris Rock no momento mais insólito (da História) dos Óscares