O PS considerou esta sexta-feira essencial a correspondência entre os compromissos eleitorais e o Programa do Governo, sublinhando que, ao contrário de outros partidos, para os socialistas “o país só está melhor quando a vida dos portugueses está melhor”.

O novo executivo socialista entregou hoje na Assembleia da República o Programa de Governo, tendo as linhas gerais do mesmo sido apresentadas pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, numa reação a este documento, o vice-presidente da bancada parlamentar do PS Porfírio Silva sublinhou que o Governo “agiu rapidamente” e já apresentou o programa para esta legislatura que, “no essencial, mantém todos os compromissos eleitorais que o PS apresentou durante a campanha eleitoral”.

“Essa correspondência de compromissos entre o programa do Governo e o programa eleitoral é essencial para nós”, assinalou.

De acordo com o dirigente socialista, o Programa do Governo “mantém uma linha de aposta nos rendimentos das pessoas e das famílias, no reforço e valorização dos serviços públicos, na criação de condições para que as empresas possam continuar a reforçar a economia”, o que é essencial “para que o país continue a crescer mais do que a média europeia”, destacando ainda a importância dada à conciliação da vida entre vida pessoal, familiar e profissional, bem como às famílias com filhos.

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“Isso para nós é uma linha essencial. Contrariamente a outros, para o PS, o país só está melhor quando a vida dos portugueses está melhor”, afirmou.

Em 2014, o então líder da bancada parlamentar social-democrata e agora candidato à liderança do PSD, Luís Montenegro, disse que “a vida das pessoas não está melhor, mas o país está muito melhor”.

Para Porfírio Silva, “os portugueses não são uma abstração, o país não é uma abstração”. “Essa é a nossa linha: melhorar a vida dos portugueses para que possamos então dizer que o país está melhor”, insistiu.

O deputado socialista mostrou-se ainda espantado com a declaração do deputado do PSD Duarte Pacheco feita imediatamente antes e no mesmo local também em reação a este documento. “O PSD parece que já esqueceu que houve umas eleições em 30 de janeiro, parece que já esqueceu aquilo que os portugueses disseram em 30 de janeiro, o PSD não integra na sua reação imediata ao programa do Governo nada daquilo que se passou nos últimos meses”, criticou.

O socialista lembrou ainda que o social-democrata disse que ainda não tinha lido o Programa do Governo, para criticar: “A verdade é que o programa do Governo é, pelo menos em 99,5%, textualmente igual ao programa eleitoral do PS o que significa que aparentemente o PSD nem sequer leu o programa eleitoral do PS durante a campanha eleitoral e, portanto, até entendemos que o debate tenha sido difícil porque nem sabiam exatamente com o que é estavam a debater”, insinuou.