Um novo compromisso norte-americano de mísseis Javelin para a Ucrânia significa que o Ocidente em breve terá fornecido aos caças ucranianos dez armas antitanque por cada tanque russo naquele país, disse esta quarta-feira o secretário de Estado norte-americano.

Antony Blinken falava à estação televisiva MSNBC depois de os Estados Unidos da América (EUA) terem anunciado uma contribuição de mais 100 milhões de dólares (91,7 milhões de euros) para enviar mais mísseis Javelin para a Ucrânia.

Washington indicou que já disponibilizou 1,7 mil milhões de dólares (1,56 mil milhões de euros) para a defesa e ajuda à Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país, a 24 de fevereiro.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está a pressionar o Ocidente para fornecer mais armas, mais depressa, e para fazer mais para isolar a Rússia da economia global, por forma a pressionar o Presidente russo, Vladimir Putin, a optar pela paz.

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“Em termos do que eles precisam para agir rápida e eficazmente para lidar com os aviões que disparam sobre eles a partir do céu e os tanques que tentam destruir as suas cidades a partir do solo, eles têm as ferramentas de que precisam”, disse Blinken sobre as forças ucranianas.

“Eles (os ucranianos) vão continuar a recebê-las, e nós vamos continuar a financiá-las”, acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,2 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU — a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa — justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e “desmilitarizar” a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou esta quarta-feira no 42.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos civis e militares e, embora admitindo que “os números reais são consideravelmente mais elevados”, a organização confirmou  pelo menos 1.563 mortos, incluindo 130 crianças, e 2.213 feridos entre a população civil.

Guerra já matou pelo menos 1.563 civis e fez 2.213 feridos