O presidente da Transnístria, Vadim Krasnoselsky, apelou às autoridades da Moldávia e da Ucrânia que “preservem a paz”, após uma série de explosões em Tiraspol, capital da região separatista moldava pró-russa.

Krasnoselsky apelou ao governo da Moldávia para “não sucumbir às provocações” e não permitir que o país “seja arrastado” para uma agressão contra a Transnístria, segundo a agência russa Interfax.

O líder da Transnístria lembrou que as relações com a Moldávia têm sido “pacíficas” e sublinhou a necessidade de “resolver questões vitais” para ambos os territórios, evitando “qualquer agressão que possa ser o prólogo de uma grande guerra”.

Krasnoselsky apelou às autoridades ucranianas que investiguem o “movimento ilegal de certos grupos militares”, a quem acusou de serem responsáveis pelos recentes “ataques terroristas” em Tiraspol.

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O presidente da Transnístria prometeu à população da região separatista que o governo “manterá a paz” e que os responsáveis pelos “atos terroristas” serão detidos.

Pelo menos três ataques foram registados no território do enclave separatista desde segunda-feira, segundo o Conselho de Segurança da Transnístria.

Na terça-feira, a Presidente da Moldávia, Maia Sandu, atribuiu os incidentes à luta entre forças internas interessadas em desestabilizar a situação na Transnístria.

Presidente da Moldávia reúne Conselho de Supremo de Segurança após explosões na Transnístria

“Condenamos todas as provocações e tentativas de envolver a Moldávia em ações que possam ameaçar a paz no país”, insistiu a chefe de Estado.

O conselheiro da presidência ucraniana Mikhailo Podoliak acusou a Rússia de querer “desestabilizar a Transnístria, o que sugere que a Moldávia deverá aguardar a vista de ‘convidados'”, numa referência aos soldados russos que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro.

“Se a Ucrânia cair, amanhã as tropas russas estarão às portas de Chisinau”, a capital moldava, escreveu Podoliak, na rede social Twitter, apelando ao “trabalho em equipa” para que Kiev possa “garantir a segurança estratégica da região”.

A Transnístria, território de apenas meio milhão de habitantes, a maioria eslavos, cortou relações com a Moldávia após um conflito armado (1992-1993), no qual contou com ajuda russa.

Desde o fim desse conflito, que custou a vida de centenas de pessoas, a Moldávia defendeu a integração dos dois territórios divididos pelo rio Dniester, uma condição que os separatistas sempre se recusaram a aceitar.

No âmbito de um acordo assinado em 1992, a Rússia destacou 2.400 soldados na região, mas esse contingente foi reduzido ao longo dos anos.