Foi uma provocação ao governo de Boris Johnson. Na televisão estatal russa, Dmitry Kiselyov, um dos aliados de Vladimir Putin e um dos principais propagandistas do Kremlin, fez, este domingo, uma ameaça nuclear ao Reino Unido. “Para quê ameaçar a vasta Rússia com armas nucleares quando a vossa ilha é tão pequena?”, questionou o também apresentador.

As ameaças de Dmitry Kiselyov surgiram após as “palavras inapropriadas” da ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, que afirmou que o conflito na Ucrânia poderia evoluir para uma guerra mundial, caso as armas nucleares de dissuasão russas fossem colocadas em “estado de alerta” — o que levaria a um ato de “retaliação” por parte do Reino Unido e da NATO.

“Parece que estão a delirar nas ilhas britânicas”, insinuou Dmitry Kiselyov, que lançou uma ameaça: “A ilha [Grã-Bretanha] é tão pequena que apenas um míssil [intercontinental] Sarmat é suficiente para submergir” todo o território britânico de “uma vez por todas”. “Já foi tudo devidamente calculado.”

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Dirigindo-se diretamente ao primeiro-ministro britânico, um dos aliados do Presidente russo voltou a repetir: “Um único lançamento, Boris, e não há mais Inglaterra”. 

Para levar a cabo um ataque nuclear ao Reino Unido, Dmitry Kiselyov fez questão de sublinhar que há outras opções. Abordando um ataque por via marítima, que iria “submergir o Reino Unido até às profundidades do oceano”, o apresentador detalhou que o drone submarino nuclear Poseidon tem a capacidade de “atingir o seu alvo com uma profundidade de um quilómetro à velocidade de 200 quilómetros por hora”.

“Não há maneira de o parar. A explosão do torpedo termonuclear na costa britânica causará um tsunami gigantesco”, disse Dmitry Kiselyov, que também sublinhou as “doses extremas de radiação” — o que tornaria as ilhas britânicas um “deserto radioativo”, convertendo-as num ambiente inóspito “por muito tempo”.