Depois das declarações do presidente da associação Refugiados Ucranianos sobre o PCP, o partido liderado por Jerónimo de Sousa manifestou-se, exigindo “um posicionamento inequívoco dos órgãos de soberania” portugueses, para que “o seu silêncio, passados já vários dias, não possa ser tomado como cúmplice com tais conceções e propósitos antidemocráticos”.

No último sábado, Maksym Tarkivskyy, presidente da associação, disse não perceber a razão pela qual o Partido Comunista Português continua a existir no país. “É um partido que está, basicamente, a apoiar a guerra, não entendo mesmo”, disse.

Ucrânia. Presidente de associação diz não perceber como PCP continua a existir em Portugal

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O PCP considerou estas afirmações “de ódio fascizante”, “reveladoras da natureza antidemocrática do governo de Kiev e constituem uma intolerável afronta ao regime democrático em Portugal”. O partido sublinhou, no entanto, que as palavras ditas pelo presidente da associação Refugiados Ucranianos não devem “ser confundidas com o todo da comunidade imigrante e dos refugiados ucranianos que há anos encontram refúgio em Portugal”.

As declarações foram motivo para o PCP falar sobre o que considera ser um “total desrespeito pela democracia e a liberdade que há muito se instalou na Ucrânia”.

Estas declarações, feitas em Portugal, alertam para o que este poder constitui na Ucrânia contra o seu próprio povo”, acrescento o partido em comunicado.