Elon Musk, o novo dono do Twitter, disse, esta terça-feira, que a expulsão do ex-Presidente norte-americano Donald Trump da rede social foi um “erro”, admitindo “reverter” a decisão.
“Não acho que tenha sido correto banir Donald Trump. Penso que foi um erro porque alienou uma grande parte do país e porque, no final, acabou por não ter como consequência Donald Trump não ter uma voz”, afirmou Elon Musk, numa conferência de imprensa organizada pelo Financial Times.
Para o multimilionário, a expulsão do ex-Presidente norte-americano foi uma “má decisão moral”, sendo que este tipo de atitudes mina a confiança no Twitter. “Se há tweets que são errados e com más intenções esses devem ser apagados”, indicou Elon Musk, acrescentando que uma “suspensão temporária” é “apropriada”, mas não “uma expulsão”.
“Uma expulsão permanente deve ser extremamente rara e reservada para contas que são falsas ou são spam”, sinalizou Elon Musk. Além disso, na cena política norte-americana, o multimilionário é da opinião de que a expulsão de Donald Trump apenas amplificou a sua voz no Partido Republicano.
Elon Musk lembrou que o seu sentimento sobre as expulsões permanentes é partilhado pelo cofundador e ex-diretor executivo do Twitter Jack Dorsey.
Trump já havia dito que não tinha intenção de voltar à rede social, mesmo que a sua conta fosse reativada, dizendo ao canal de televisão conservador norte-americano Fox News em abril que se iria concentrar no seu serviço (Truth Social), que tem apresentado vários problemas desde o lançamento no início de 2022.
“Eu não vou para o Twitter. Vou ficar no Truth”, disse o antigo Presidente dos Estados Unidos à Fox News.
“Espero que Elon compre o Twitter, porque ele vai fazer melhoramentos e é um bom homem, mas vou ficar no Truth”, acrescentou.
Contactado pela agência de notícias AP, um porta-voz de Trump não respondeu a um pedido de comentário às observações de Musk.