A União Europeia (UE) anunciou esta terça-feira que a sua ajuda humanitária aos sírios será, este ano, de 1,56 mil milhões de euros, apelando aos outros doadores presentes na conferência sobre a Síria para não abandonarem o país.
No ano passado, Bruxelas tinha já assumido o compromisso de destinar 560 milhões de euros para responder, em 2022, às necessidades resultantes de 11 anos de guerra civil na Síria, verba a que acresce um milhão anunciado esta terça-feira pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, que preside à conferência que reúne, em Bruxelas, quase 70 países e organizações.
Para 2023, a UE comprometeu-se também a contribuir com uma doação de igual montante, destinado a “sírios na Síria e refugiados e comunidades de acolhimento na região“.
“Tenho de pedir a todos que sejam igualmente generosos hoje”, disse ainda Borrell, citando num comunicado, onde acrescenta que o compromisso político com a Síria “tem que ser apoiado com compromissos financeiros igualmente importantes”.
“Não devemos abandonar a Síria”, sublinhou também o Alto Representante da UE para a Política Externa, lembrando que em 2021 a conferência anual de doadores angariou 6,4 mil milhões de euros (4,4 para 2021 e dois mil milhões para este ano).
A guerra na Síria, que começou há 11 anos, em março de 2011, causou já mais de 500 mil mortes, de acordo com dados da organização não-governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Segundo dados da ONU, 12 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar e um número sem precedentes de 14,6 milhões de civis dependem de assistência humanitária.
Segundo dados de Bruxelas, 90% dos sírios vivem em situação de pobreza.