Depois de anos a acumular prejuízos, a General Motors (GM) optou por vender a Opel (e a Vauxhall), a sua divisão europeia, aos franceses da PSA, hoje transformada em Stellantis. O negócio levou a um pagamento de 2,2 mil milhões de euros à GM em Agosto de 2017, mas tudo indica que o maior grupo norte-americano pretende regressar ao Velho Continente. Agora exclusivamente com modelos eléctricos.

A Europa é um dos maiores mercados do mundo e é precisamente o que mais favorece a aquisição de veículos eléctricos. Daí que, numa fase em que a GM está apostada na concepção e produção de veículos alimentados exclusivamente por bateria, não surpreenda que a sua CEO, Mary Barra, tenha anunciado que pretende regressar ao mercado onde deixou de estar representada.

A declaração foi feita à The Detroit Free Press, numa entrevista em que Barra recordou “a venda da Opel/Vauxhall à Stellantis há cinco anos”, depois de ter estado no mercado durante mais de 90 anos. Garantindo que “não há remorsos em relação à decisão da venda do negócio de motores de combustão”, Barra entende que “os veículos eléctricos proporcionam uma oportunidade para regressar à Europa” e confessou-se “esperançada nesta estratégia”.

A GM está a investir fortemente na mobilidade eléctrica, da produção de células para baterias a plataformas específicas para eléctricos, passando pela adaptação de fábricas para o efeito. Mas regressar ao mercado europeu sem fábricas no continente é difícil, restando saber qual seria a gama e as marcas em que a GM se pretende apoiar.

De recordar que, uma vez nas mãos da PSA, a Opel/Vauxhall regressou aos lucros logo em 2018, tendo já Carlos Tavares como gestor responsável pelo grupo.

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