Vladimir Putin estará a tomar decisões operacionais e táticas sobre a guerra na Ucrânia ao “nível de um coronel ou brigadeiro”, segundo fontes militares ocidentais, citadas pelo The Guardian.
O Presidente russo estará a trabalhar em conjunto com Gen Valery Gerasimov, o comandante das Forças Armadas russas, na tomada de decisões relacionadas com a movimentação das forças da Rússia em Donbas, que há mais de um mês tentam cercar a cidade. Na semana passada, as forças armadas ucranianas sugeriram que Gerasimov teria sido afastado, uma declaração que contraria os dados citados pelo jornal inglês.
De acordo com o The Guardian, a informação avançada por fontes militares terá origem em dados recolhidos por serviços secretos. Não foram, porém, fornecidos mais esclarecimentos sobre o suposto envolvimento direto de Putin na guerra.
Ben Barry, antigo brigadeiro do Exército britânico e investigador do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, no Reino Unido, comentou que não é habitual um chefe de Estado envolver-se diretamente em decisões militares, porque deverá “ter outras coisas para fazer”. Segundo o especialista, é esperado que Putin esteja preocupado com “a estratégia política” do país e que não perca tempo com “a atividade do dia a dia”.
Recentemente foram divulgadas declarações de Mikhail Kodaryonok, coronel na reserva e comentador russo, condenando a estratégia de Putin sobre a invasão. O veterano manifestou-se em direto conta a estratégia seguida pelo Kremlin, classificando-a como “condenatória” e alertando a audiência para os perigos de aceitar a narrativa oficial estatal sobre a invasão.