A ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, pretende equipar a Moldávia com armamento moderno “do padrão da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] face a um possível ataque da Rússia”. Citando uma entrevista publicada no ‘The Daily Telegraph’, a agência EFE refere que Truss indicou que essa intenção está a ser analisada dentro da Aliança Atlântica, para que, se forem aceites, os países membros possam fornecer armas de defesa àquela ex-república soviética.

“Gostaria de ver a Moldávia equipada segundo os padrões da NATO. É uma conversação que estamos a ter com os nossos aliados”, afirmou a ministra.

Segundo Liz Truss, “[o Presidente russo Vladimir] Putin deixou claro as suas ambições de criar uma Rússia maior, e o facto de as suas tentativas de tomar Kiev não terem sido bem sucedidas não significa que tenha abandonado essas ambições”, acrescentou. Tal como a vizinha Ucrânia, a Moldávia, situada a sudoeste daquele país, não é membro da NATO e há receios de que possa ser o próximo alvo de Putin no seu plano de expansão territorial.

A ideia, segundo o jornal, seria preparar o país com equipamentos atuais, para substituir os da época soviética, e treinar as suas forças armadas para a sua utilização, como mecanismo de defesa e dissuasão contra um possível ataque russo.

A guerra na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia

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