Ataques russos mataram pelo menos quatro civis em Donetsk, na quarta-feira, revelou quinta-feira o chefe do governo da região do leste da Ucrânia, Pavlo Kirilenko.
As mortes ocorreram em Liman, Sidorov e Beoresto, elevando o número de vítimas na região para 431 mortos e 1.168 feridos, disse Kirilenko, na plataforma Telegram.
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O governante sublinhou, no entanto, que “é impossível determinar o número exato de vítimas em Mariupol e Volnovaja”.
As forças russas tomaram na semana passada controlo total da cidade portuária de Mariupol, após a rendição dos últimos soldados ucranianos, que estiveram entrincheirados durante quase dois meses no enorme complexo siderúrgico de Azovstal.
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O chefe da administração militar regional de Dnipropetrovsk, Valentyn Reznichenko, disse na quarta-feira que as tropas russas dispararam três mísseis em Krivoy Rog contra uma empresa industrial.
Durante a manhã, o inimigo disparou três mísseis contra Krivoy Rog. Atingiram uma empresa industrial. Danos graves. Estamos a esclarecer as informações sobre as vítimas”, disse Reznichenko, acrescentando que os alarmes têm tocado sem cessar na região de Dnipropetrovsk, segundo a agência de notícias Unian.
As forças russas concentraram-se nas últimas semanas na região leste da Ucrânia, onde desde 2014 algumas zonas do Donbass são controladas por separatistas pró-russos.
As milícias pró-russas da República Popular de Lugansk, juntamente com o Exército russo na região de Donbass, garantiram esta quarta-feira ter cercado “operacionalmente” a cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia.
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O chefe da administração militar de Severodonetsk, Alexander Stryuk, confirmou quinta-feira que as tropas russas têm bombardeado constantemente a área, mas garantiu que a cidade permanece acessível.
“Sim, há complicações na situação, mas dizer que a cidade está cercada é errado“, especificou Stryuk, noticiado pelo Canal 24.
As forças do Exército russo e as milícias de Donbass também afirmam ter cercado as cidades de Zolotoye e Górskoye.
Severodonetsk, uma cidade de cerca de 100.000 habitantes antes da guerra, está sob pressão de tropas russas e combatentes separatistas pró-Rússia há várias semanas.
A cidade está localizada a mais de 80 quilómetros a leste de Kramatorsk, que se tornou o centro administrativo de Donbass, desde que os separatistas apoiados por Moscovo tomaram controlo da região.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.