O tribunal de Barcelona rejeitou o recurso de Shakira, confirmando a ordem judicial que diz haver indícios de que a cantora cometeu uma fraude que prejudicou o tesouro espanhol em 14,5 milhões de euros, avança o El País.

A juíza responsável pelo caso refere que, entre 2012 e 2014, a artista colombiana devia ter pago os impostos em Espanha por ser residente fiscal. Já a cantora defende, desde o início, que durante esses anos morou nas Bahamas e apenas visitava o país esporadicamente.

Em janeiro de 2018, a autoridade tributária espanhola enviou uma denúncia ao Ministério Público (MP) por um alegado crime fiscal cometido por Shakira durante esse período. Mais tarde a cantora foi acusada por não pagar os 14,5 milhões em impostos entres esses anos. O MP concluía que a artista fingiu que a sua residência era nas Bahamas para evitar ter de pagar impostos em Espanha.

Já no verão de 2021, após três anos de investigação, um juiz encerrou o inquérito contra Shakira e concluiu que havia provas suficientes para que fosse a julgamento por fraude fiscal.

Os advogados da cantora apresentaram um certificado de residência permanente nas Bahamas até 2015. Mas o Ministério Público afirma que, desde o início do relacionamento com Gerard Piqué, Shakira passou mais tempo em Espanha do que fora do país.

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A defesa decidiu interpor um recurso, referindo não existirem provas de que Shakira tenha passado “mais de 183 dias em Espanha” nesses anos, número estabelecido pela lei espanhola para que um cidadão seja considerado um residente fiscal. Mas a cantora vê agora o pedido negado.

Shakira diz não ter qualquer dívida para com o Tesouro espanhol, uma vez que já pagou o montante em causa. O tribunal de Barcelona discorda e quer resolver as questões em julgamento.

Apesar da cantora não ter conseguido que o caso fosse arquivado, ainda está em aberto a possibilidade de chegar a um acordo com o Ministério Público espanhol.