Portugal é o país convidado da Hannover Messe, a maior feira da indústria do mundo, e António Costa faz questão de mostrar que não é uma surpresa (nem para as empresas alemãs) por todo o caminho que tem sido percorrido neste setor da economia nacional. Num artigo de opinião assinado no jornal Público, o primeiro-ministro escreve que está em causa a “afirmação da maturidade e competitividade à escala global” e o “reconhecimento de um caminho virtuoso”, mas também enaltece a missão que marca estes dias: Portugal levar “o futuro” a Hannover.

Na visão do chefe de Executivo, os alemães “reconhecem a excelência” das pequenas e médias empresas portuguesas, bem como as “mais-valias da sua integração nas cadeias de valor” e a “longevidade e estabilidade” das relações entre os dois países é a prova dos “benefícios mútuos” que, realça, “se traduzem em valor económico e social”.

“Hoje não temos apenas bens e serviços made in Portugal. Temos, cada vez mais, bens e serviços created in Portugal. De Portugal para o mundo”, escreve o primeiro-ministro, recordando que as soluções de engenharia são exportadas para “222 mercados e ocupam a primeira posição no ranking das nossas exportações de bens” e que perto de 40% dos bens exportados são de “média-alta tecnologia”.

Costa desloca-se à Alemanha para inaugurar feira de Hannover com Scholz

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António Costa sublinha que mais do que “celebrar o passado”, a participação na feira de Hannover “pretende construir o futuro da cooperação industrial e da prosperidade conjunta no espaço europeu”, colocando a dupla transição climática e digital como a “primeira grande transformação estrutural para a qual Portugal parte bem preparado”.

“Levamos a Hannover soluções inovadoras de produção de energias renováveis, de gestão inteligente de energia e de mobilidade urbana. Levamos soluções de inteligência artificial, de realidade aumentada e de digitalização ao serviço da eficiência da indústria. Levamos fornecimentos industriais, máquinas e ferramentas de ponta, com a excelência e qualidade que a indústria europeia exige. Levamos a Hannover o futuro”, reitera o primeiro-ministro, terminando com a certeza de que “Portugal faz sentido” para fornecer bens e serviços, para produzir e para inovar.

Hannover Messe “é uma ótima oportunidade para Portugal ser projetado”, afirma António Costa Silva