A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreira, defendeu esta quarta-feira que a Força de Fuzileiros constituída por 146 militares que partiu esta manhã para a Lituânia reforça o “novo ciclo” da presença da Aliança Atlântica no flanco leste europeu.

“O vosso destacamento para a Lituânia, no âmbito das medidas de tranquilização (Assurance Mesures) da Aliança Atlântica reveste-se de particular significado pelos desenvolvimentos mais recentes que o nosso continente tem enfrentado no últimos três meses”, disse a ministra da Defesa.

Dirigindo-se aos 146 militares que partiram esta quarta-feira para a Lituânia, Helena Carreira referiu que a guerra na Ucrânia “no seguimento da ilegal e brutal invasão por parte da Rússia” originou um novo ciclo para a NATO e para a arquitetura de segurança europeia. Segundo a ministra, este novo ciclo tem-se traduzido num reforço da “solidariedade” entre os aliados, em maior capacidade operacional e em “níveis de prontidão superiores”, sublinhando que a NATO está mais unida e pronta para novas missões.

“A segurança dos nossos aliados é a nossa segurança”, reforçou ainda Helena Carreira recordando que a atual missão da Força de Fuzileiros confere a “continuidade do contributo” de Portugal no reforço do flanco leste da Aliança Atlântica.

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A Força de Fuzileiros que partiu do Aeródromo de Trânsito n.º 1 de Figo Maduro, em Lisboa, integra 12 oficiais, 24 sargentos e 110 praças do Corpo de Fuzileiros e do Agrupamento de Mergulhadores da Marinha totalizando 146 militares. O destacamento de fuzileiros portugueses vai ficar na Base de Klaipeda, no Mar Báltico.

Estes militares vão participar nas medidas de tranquilização (Assurance Mesures) da Aliança Atlântica e que se traduzem no envolvimento de meios aéreos, marítimos e terrestres no centro e no leste da Europa e também na Turquia.

De acordo com a NATO as medidas pretendem garantir segurança às populações face a uma potencial agressão. Neste sentido, a ministra da Defesa adiantou que está prevista a condução de treinos e exercícios combinados com vista à “elevação” da capacidade de prontidão considerando que esta Força de Fuzileiros se caracteriza pela “grande flexibilidade, mobilidade e poder de combate”, incluindo valências nas áreas das operações especiais (Destacamento de Ações Especiais), mergulho e apoio a operações anfíbias.

A atual missão dos Fuzileiros já estava programada, tal como a missão do Exército Português na Roménia, mas foi “antecipada devido às circunstâncias” admitindo que o reforço das forças da NATO pode ser verificar-se no futuro.

“A Aliança Atlântica irá decidir em que momentos e que meios será necessário empenhar. Há forças em prontidão. Estamos disponíveis e estamos preparados para poder contribuir”, disse a ministra aos jornalistas, à margem da cerimónia militar.