O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse esta segunda-feira estar “feliz” por o governo sueco ter confirmado a sua “prontidão para abordar as preocupações da Turquia como parte de assumir as obrigações da futura adesão” ao organismo.
Após décadas de não-alinhamento militar, a guerra da Rússia na Ucrânia levou a Finlândia e a Suécia a pedirem para ingressar na NATO em maio.
No entanto, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, acusou as nações nórdicas de apoiarem militantes curdos considerados terroristas pela Turquia e vetou a sua entrada na aliança até que mudem suas políticas.
Presidente da Turquia opõe-se à entrada de Finlândia e Suécia na NATO
A Suécia está a ter em conta “as preocupações turcas muito a sério” e “pelo menos as suas preocupações de segurança quando se trata da luta contra o terrorismo”, disse a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, acrescentando ainda que a sua “ambição é ter esses assuntos resolvidos”.
Jens Stoltenberg disse que a Suécia “já começou a mudar sua legislação antiterrorista” e que o país escandinavo “garantirá que a estrutura legal para a exportação de armas reflita o seu ‘status’ futuro como membro da NATO com novos compromissos com os aliados”.
“Estes são dois passos importantes para abordar as preocupações que a Turquia levantou”, disse o secretário-geral.
“O objetivo é resolver esses problemas o mais rápido possível, para poder receber a Finlândia e a Suécia como membros plenos o mais rápido possível”, afirmou.
Stoltenberg recusou dizer se o assunto deve ser resolvido antes da reunião da NATO em Madrid, a 28 de junho ou antes da eleição do Parlamento sueco em 11 de setembro.
A Suécia e Finlândia foram convidadas a participar da reunião em Espanha.
Esta segunda-feira decorreu uma reunião entre o Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, com a primeira-Ministra sueca Magdalena Andersson, em Estocolmo, depois de no domingo, Stolteberg ter estado em Helsinquia, em visita de trabalho.
Ambos os Estados nórdicos, membros da UE mas não da Aliança Atlântica, inverteram a sua linha tradicional de não-alinhamento militar na sequência da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, o que levou a uma mudança na opinião pública, afastando-se da neutralidade.