A empresa russa Gazprom anunciou, esta quarta-feira, que vai reduzir em mais de um terço as entregas de gás para a Europa, através do gasoduto Nord Stream, após problemas com os equipamentos.

“A Gazprom interrompe a operação de mais uma turbina a gás da Siemens na estação de compressão de Portovaia”, onde o Nord Stream é abastecido, indicou a empresa, citada pela Agência France Presse (AFP).

A produção diária cairá assim de 100 para 67 milhões de metros cúbicos (m3).

Na terça-feira, a Gazprom tinha anunciado uma descida de 167 para 100 milhões de m3, justificando esta decisão com a falta de compressores a da Siemens.

Berlim já classificou este corte como uma “decisão política” de Moscovo, perante as sanções dos países Ocidentais face à invasão da Ucrânia.

As exportações de gás russo para os países exteriores à Confederação dos Estados Independentes, um grupo com nove ex-repúblicas soviéticas, caíram 28,9%, entre 01 de janeiro e 15 de junho, face ao mesmo período do ano passado.

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Nas últimas semanas, a Gazprom interrompeu as entregas de gás a vários clientes europeus que se recusaram a fazer os pagamentos em rublos (moeda local).

Em resposta às sanções impostas pela União Europeia, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, exigiu que os considerados países “hostis” fizessem o pagamento em rublos.

Segundo dados da sociedade de exploração de gasodutos, em 2021, foram exportados da Rússia para a Europa, via Nord Stream, 59.200 milhões de m3 de gás natural.