Marta Temido recusou, esta quarta-feira, demitir-se do cargo de ministra da Saúde, após os problemas nas urgências de obstetrícia e ginecologia que ocorreram em todo o país na última semana.
“Como imagina é uma resposta que pertence ao senhor primeiro-ministro”, disse a governante quando questionada pelos jornalistas sobre a sua permanência no cargo, durante a conferência de imprensa em que apresentou os planos para fazer face aos problemas no SNS. Referindo o resultado das últimas eleições legislativas em que o PS obteve maior absoluta, Marta Temido considera que a “resposta dos portugueses foi inequívoca sobre aquilo que é a confiança no primeiro-ministro e no Governo”. Ou seja, se os portugueses confiam nas escolhas de Costa e se este mantém a confiança no seu trabalho, Temido acredita que deve permanecer como ministra.
“Eu decido continuar a lutar”, reforçou, acrescentando que vai “continuar a lutar e a contrariar todas as circunstâncias” menos positivas e toda a “contestação”. “Continuo determinada e com vontade”, frisou Marta Temido.
A ministra, que já está no cargo há quatro anos, referiu ainda que desempenha o cargo “com a responsabilidade” acrescida de já ter trabalhado “muitos anos” no Serviço Nacional de Saúde. “Estive ombro a ombro com muitos profissionais de saúde”, lembrou.