A Índia proibiu esta quinta-feira alguns produtos de plástico de uso único ou descartáveis, no âmbito de um plano para eliminar gradualmente este material do país de quase 1,4 mil milhões de pessoas.
Numa primeira fase, as autoridades identificaram 19 produtos de plástico com elevado potencial de se tornar lixo e proibiram produção, importação, armazenamento, distribuição e venda.
Copos, palhinhas e pauzinhos de gelado são alguns dos objetos proibidos pela nova política, que contempla ainda a eliminação e substituição de sacos de plástico descartáveis.
Apesar de milhares de outros produtos de plástico estarem excluídos da interdição, como garrafas de água ou sacos de batatas fritas, o Governo estabeleceu metas para que os fabricantes sejam responsáveis pela reciclagem ou destruição destes após a utilização.
Entretanto, fabricantes de plástico já apelaram às autoridades para que adie a proibição, citando a inflação e possíveis perdas de empregos, mas o ministro do Meio Ambiente indiano disse que a medida está a ser preparada há um ano.
“Agora esse tempo acabou”, afirmou Bhupender Yadav, durante uma conferência de imprensa, em Nova Deli.
Esta não é a primeira vez que a Índia considera uma proibição do plástico, embora as iniciativas nunca tenham adquirido esta dimensão nacional, estando direcionadas para regiões específicas do país.
Grande parte do plástico não é reciclado globalmente e milhões de toneladas acabam por ir parar a mares e oceanos, tendo um impacto negativo na vida selvagem e na qualidade da água potável.
Embalagens de plástico de uso único para refeições prontas sujeitas a taxa de 30 cêntimos
Em 2020, mais de 4,1 milhões de toneladas métricas de resíduos plásticos foram gerados na Índia, de acordo com o organismo de fiscalização da poluição indiano.