Uma menina de dois anos do Kentucky nos Estados Unidos da América, tornou-se o génio mais novo da organização Mensa, que reúne as pessoas com alto QI (Quociente de Inteligência).

Isla McNabb chamou a atenção dos pais, Amanda e Jason, após deixar espalhados pela casa os seus blocos coloridos com o alfabeto. Perto do sofá encontravam as letras empilhadas “S-O-F-A”, enquanto no comando da televisão lia-se “T-V”. Nem o Bogger, o gato da família, se livrou de identificação colocando ao pé dele três blocos com a palavra “C-A-T”. O que os pais não esperavam é que a filha de dois anos fosse um génio com um QI de 160 pontos ou 99%.

Desafiada pela inteligência da filha, Amanda McNabb revelou à televisão Estação 12 que a menina já lia ao nível das crianças no jardim de infância.

Então eu disse: vamos ver o que é isto, vamos ver o quão inteligente esta criança consegue ser”, disse Amanda.

Os pais levaram a menina ao psiquiatra para ser testada, no mês de maio, e os resultados não poderiam ter sido mais surpreendentes, foi classificada no topo, fazendo parte do 1% da população que atinge tal marca. Isla tornou-se assim o membro mais novo da organização Mensa, que reúne as pessoas mais inteligentes do mundo.

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“A Mensa é a maior sociedade de alto QI, entrámos em contacto com eles e confirmaram que ela era o membro mais novo”, disse o pai da criança, Jason McNabb, que é dentista.

A menina junta-se a uma elite de inteligência com 50.000 elementos nos EUA, em que apenas três membros têm menos de quatro anos de idade. Mesmo antes de completar o seu segundo aniversário, Isla já era uma criança excecional. Já conseguia falar algumas letras e os pais até lhe compraram um tablet no seu aniversário. Ao brincar com ele e escrever algumas letras descobriram que ela conseguia ler palavras inteiras.

Quando os pais levaram Isla ao psiquiatra, porque ela não dormia, e lhe disseram que a Isla sabia ler, o médico entendeu que a menina apenas memorizava histórias que lhe contavam repetidamente. Jason e Amanda mostraram um poster que estava no gabinete psiquiátrico e Isla leu cada palavra.

“Tudo o que lhe dávamos parecia que ela entendia imediatamente, era incrível”, revelou Jason McNabb ao The Washington Post. O vocabulário de Isla cresceu tão rápido que os pais pararam de contar quando atingiram as 500 palavras. À parte das descobertas impressionantes, continua a ser uma criança “normal” muito fã do “Bluey“, um desenho animado americano sobre um cão pastor de gado e de “Blippi“, um canal infantil no Youtube.

Na realidade do dia a dia os pais estão sempre cansados. As crianças com QI alto tendem a dormir menos horas confirmou o psiquiatra, o que foi um alívio por pensarem que Isla podia não estar saudável. Amanda McNabb continua animada com os resultados geniais da filha mas confessa que acordar sempre às quatro da manhã não é muito “empolgante”.

Já na pré-escola, Isla faz amizades com as outras crianças muito facilmente, no entanto o seu pai tem esperança que consiga saltar esta fase escolar. “Isto trouxe-nos a um caminho muito interessante mas nós apenas deixamos que ela tome as rédeas e se deixe levar pelo que descobre. Espero que um dia isto leve a uma bolsa de estudo, talvez em Harvard ou no Massachusetts Institute of Technology (MIT)”, afirma Jason McNabb. Relembra os primeiros anos de vida da filha em que “se arrepiava”, o que ele chamava de momentos “creepy“, quando Isla fazia coisas fora do comum e pensava que algo de extraordinário estava a acontecer.

O diretor de Marketing e Comunicação da Mensa, Charles Brown, avisou os pais que “ser o aluno mais brilhante da sala de aula tem os seus desafios”. “Nem sempre é fácil ser o mais inteligente da sala, especialmente com crianças pequenas. Na maioria das vezes estas crianças ‘génios’ não se conseguem adaptar com facilidade ao sistema educacional e nesse caso a Mensa tem recursos para oferecer às crianças e aos pais”, revela o diretor.

Apesar de estar no Mensa, Isla ainda levanta problemas básicos, normais e essenciais na vida das crianças.

“Ela pode ler muito bem para a idade que tem, mas ainda estamos a tentar ensinar-lhe a usar o penico. Nisso é uma criança na média para dois anos”, acrescenta Jason McNabb.

Questionada sobre a “genialidade” da filha, embora entusiasmada com os resultados, Amanda apenas tem uma certeza: não quer que a filha “saiba que é mais inteligente do que ela” e continuará a dizer às pessoas que não irá fazer o teste.