O Twitter avançou esta terça-feira com um processo contra Elon Musk para obrigar o empresário a concretizar a compra da rede social. No início deste mês, Musk enviou uma carta ao responsável jurídico do Twitter a anunciar que se ia afastar do negócio de 44 mil milhões de euros. Uma decisão que a empresa considera que não honra as “obrigações” do empresário para com a rede social.
“Musk recusou-se a honrar as suas obrigações para com o Twitter e os seus acionistas porque o acordo que assinou já não serve os seus interesses pessoais”, disse a empresa, segundo o The New York Times. “Musk aparentemente acredita que, ao contrário de qualquer outra parte sujeita à lei de contrato de Delaware, é livre de mudar de opinião, derrubar a empresa, prejudicar as suas operações, destruir o valor das ações e afastar-se.”
Musk já não quer o Twitter mas pode sair desta saga com mais dinheiro no bolso
Na carta em que anunciou a sua decisão, Musk afirmou que o “Twitter não obedeceu às suas obrigações contratuais“ e que a empresa não lhe forneceu informações relevantes sobre contas falsas. O multimilionário disse que não acreditava no divulgado pelo Twitter, que referiu que apenas 5% das contas são falsas, e que a rede social estava propositadamente a enganar os utilizadores e a impedi-lo de reunir informações sobre isso.
No processo, o Twitter argumentou que o empresário quis sair do negócio porque as mudanças no mercado de ações que afetaram o seu património (as ações da Tesla caíram nos últimos meses) e que Musk usou as contas falsas como pretexto para desistir da compra, refere o The New York Times.
A empresa espera que o caso seja julgado em setembro, cerca de um mês antes do prazo para a conclusão do negócio de compra. Numa comunicação interna em que informou os seus trabalhadores sobre o processo, o Twitter disse ser “importante que o caso fosse resolvido rapidamente”, soube o jornal norte-americano.