A ofensiva que a Rússia desencadeou na Ucrânia continua. Ao 140.º de conflito, as duas parte sentaram-se à mesa das negociações, onde chegaram a um acordo na exportação de cereais. O Presidente ucraniano considera que houve “progressos significativos” nessa questão para restabelecer o fornecimento de alimentos para o mercado global. Para Zelensky remover a ameaça russa à navegação no Mar Negro significa remover a severidade da crise alimentar global.

Nas últimas horas, a União Europeia desautorizou esta quarta-feira as autoridades lituanas ao anunciar que não procura bloquear o transporte ferroviário de bens sancionados pela UE desde a Rússia até ao enclave de Kaliningrado.

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O que aconteceu na tarde e durante a noite do 140.º dia de guerra?

  • Antecipando um possível corte de energia russa, o governo húngaro decretou estado de emergência energética, que inclui o pagamento extra pelo gás e eletricidade para as famílias que consumam acima da média.
  • A Ucrânia e a Rússia chegaram a um acordo sobre a exportação de cereais nas negociações que decorreram entre os dois países com a presença de representantes da Turquia e das Nações Unidas.
  • O Presidente ucraniano disse que a Rússia retirou à força quase dois milhões de pessoas da Ucrânia, incluindo centenas de milhares de crianças.
  • Pelo menos 14 pessoas ficaram feridos num ataque com míssil na cidade de Zaporíjia.
  • Um tribunal de Moscovo ordenou que Ilya Yashin, opositor do regime, seja detido por dois meses enquanto decorre uma investigação por alegada divulgação de “informações falsas” sobre o exército.
  • O grupo russo Gazprom afirmou que não poder garantir o bom funcionamento do gasoduto Nord Stream, alegando que está impossibilitado de confirmar se vai recuperar uma turbina alemã em reparação no Canadá.
  • Subiu para 47 o número de mortos do ataque russo com um míssil, que atingiu no sábado um prédio de seis andares na cidade de Chasiv Yar.
  • A Ucrânia cortou as relações diplomáticas com a Coreia do Norte, após o país ter reconhecido a independência das regiões separatistas de Donetsk e de Lugansk.
  • O secretário de Estado norte-americano acusou Moscovo de “separar deliberadamente crianças ucranianas dos seus pais e raptar outras de orfanatos antes de as colocar para adoção na Rússia”.
  • Mais de 16 mil pessoas foram detidas na Rússia durante os últimos meses por protestos contra a guerra na Ucrânia, estimam a ONU.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia recusa por completo a hipótese de a Ucrânia abdicar de alguns territórios para se negociar um cessar-fogo. Dmytro Kuleba também admitiu que a Ucrânia sofreu, nas últimas semanas, perdas significativas na região de Donbass.
  • O julgamento do soldado russo Vadim Shishimarin, de 21 anos, começou, esta quarta-feira, em Kiev, após o jovem ter recorrido da condenado a prisão perpétua por matar um idoso de 62 anos.

O que aconteceu na madrugada e na manhã desta quarta-feira?

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, que assegurou que as negociações para a exportação de cereais com a Rússia estão na “fase final”.
  • A Ucrânia reivindicou hoje a autoria de um ataque em Nova Kahkovka, em Kherson, que destruiu um depósito de munições russo.
  • As forças armadas russas devem conseguir tomar várias localidades na região do Donbass nos próximos dias, segundo o relatório diário do Ministério da Defesa. Entre as localidades que devem concentrar os esforços dos russos estão Siversk e Dolina, perto das cidades de Sloviansk e Kramatorsk.
  • As autoridades ucranianas deram conta de um morto e cinco feridos num novo bombardeamento em Kharkiv.