Morreu, este sábado, a milionária socialite brasileira Lily Safra. As causas da morte não são conhecidas mas pode ler-se num comunicado publicado pela fundação do seu marido Edmond J. Safra que morreu “rodeada de amigos e família”.
A revista Forbes revela que Safra era uma das mulheres mais ricas do mundo com uma fortuna avaliada em 1.300 milhões de dólares (cerca de 1.299 milhões de euros).
Nascida em 1934 em Porto Alegre, no Brasil, era filha de imigrantes judeus e trabalhadores humildes. O seu primeiro casamento foi aos 19 anos, com o milionário argentino Mário Cohen – com quem teve três filhos.
Anos mais tarde conheceu o brasileiro Alfredo (Freddy) Monteverde numa festa, motivo de separação com Cohen e novo casamento em 1965, desta relação nasceram mais dois filhos. Em 1969, Monteverde foi encontrado morto em casa com dois tiros no tórax, a polícia apontou para que o milionário se tivesse suicidado.
O jornal argentino Clarín conta que o seu terceiro matrimónio realizou-se com o empresário inglês Samuel Bendahan em 1972. Mas este casamento durou apenas um ano.
Em 1976, finalmente, casou com Edmond Safra com quem esteve 23 anos. Durante este tempo, Lily fez investimentos milionários em obras de arte que colocou em exposição nas suas casas em Nova Iorque, Londres, Paris, Monte Carlo, Genebra e na Riviera Francesa.
Voltou a ficar viúva em 1999 depois de Edmond morrer num incêndio na casa do casal. A mulher conseguiu sair ilesa depois de se esconder numa sala de emergência própria para estes casos, o marido acabou por morrer. Ficou declarado que foi o enfermeiro Ted Maher quem iniciou com o fogo, o profissional de saúde admitiu que provocou o incêndio com o objetivo de ser protagonista de um “salvamento heróico” – acabou por ser condenado em 2002.
Edmond Safra deixou a sua fortuna à socialite, o que a colocou no 2190.º lugar de maiores milionários do mundo.
Foi também em 1999 que Lily se tornou presidente do Fundação Edmond J. Safra que é responsável por vários projetos filantrópicos. Destaca-se a ajuda monetária a propostas nas áreas da educação, ciência e medicina, religião, cultura e de assistência humanitária em mais de 50 países. Em 2006 fundou o Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra e a Escola Alfredo J. Monteverde, responsáveis pelo estudo aprofundado do cérebro humano.
Ao longo de mais de vinte anos, a Sra. Safra manteve fielmente o legado filantrópico do seu amado marido Edmond, prestando apoio a centenas de organizações em todo o mundo. Vive agora nos seus filhos, netos e bisnetos por quem sempre teve uma profunda dedicação”, escreve a fundação no comunicado a anunciar a sua morte.
Lily Safra herdou, ainda, a Villa Leopolda um palácio em Villefranche-sur-Mer, no sul de França, construído pelo rei Leopoldo II e avaliado em 500 milhões de euros, é considerada a segunda casa mais cara do mundo. Em 2012 arrecadou um total de 38 milhões de dólares (37 milhões de euros) com um leilão de joias que foram doados a instituições de caridade.