Luís Montenegro, presidente do PSD, revelou que a reunião com o Governo para discutir a situação aeroportuária acontecerá nos “próximos dias”, mas disse não estar em “condições de confirmar dia e hora”. Após uma visita ao hospital de Braga, questionado sobre o tema que provocou a crise no Governo, voltou a atacar a falta de ação do Executivo de António Costa.

“O Governo em sete anos não decidiu a questão do aeroporto”, referiu o recém-eleito líder do PSD, distanciando o partido da decisão final relativa ao aeroporto, deixando claro que os sociais-democratas estão dispostos a cooperar, mas que a decisão final está nas mãos do Governo: “Está a querer transportar ónus da decisão para cima do PSD, mas decisão é sua.”

Perante a situação de impasse, Montenegro sublinhou ainda que “se o PS não está em condições de governar, pode ir embora, pode pedir a sua demissão”, uma vez que se “está a demitir do cumprimento da sua função”.

Aos olhos do presidente do PSD, cooperar num caso que será decisivo a nível nacional “não significa que se possa admitir que o Governo esteja a assobiar para o ar como se tudo estivesse dependente do PSD. Não está dependente do PSD”.

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“Na equipa do PSD não reina a confusão que reina na equipa do governo, não temos nenhum problema de coordenação”, frisou Luís Montenegro, que compara o partido que agora lidera com o Governo, que diz viver num “desnorte completo”, em que “o primeiro-ministro diz uma coisa e o ministro das Infraestruturas diz outra”.

E prosseguiu ainda nas críticas, sem esquecer o episódio em causa: “Assistimos ao episódio mais lamentável e insólito da história governativa de Portugal”, frisando que “foi muito grave” e que “ainda precisa de ser explicado”, tendo em conta que Montenegro assegurou que o PSD “não admite a tese peregrina de que se tratou de um erro de comunicação”.

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