A onda de calor que se faz sentir na Europa está a levar diversas entidades a pedir aos cidadãos algumas alterações de planos, com o intuito de prevenir incidentes devido às altas temperaturas. Além do fenómeno dos incêndios florestais, que está a afetar Portugal, Espanha, França ou a Grécia, estão também a ser registadas outras consequências da onda de calor no velho continente.

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O The Guardian nota que esta é a segunda vaga de elevadas temperaturas que está a afetar a Europa este verão. Se Portugal entrou esta segunda-feira em situação de alerta, que vigora desde as 0h00 horas desta segunda-feira, Espanha mantém-se em alerta, sendo esperadas temperaturas de 44 graus em algumas regiões do país.

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No país vizinho, as altas temperaturas terão sido responsáveis por 360 mortes, de acordo com os números mais recentes divulgados pelo instituto de saúde Carlos III. Este total de óbitos atribuídos à vaga de calor foi registado entre domingo, 12 de julho, até à passada sexta-feira.

Perante este cenário de tórridas temperaturas, diversas entidades europeias estão a pedir mudança de hábitos e cuidados redobrados à população. No Reino Unido, pouco habituado às elevadas temperaturas, os ministros britânicos estiveram reunidos de emergência este domingo, lançando pela primeira vez um alerta vermelho devido ao calor. O alerta foi ainda acompanhado de um aviso sobre “risco de vida” devido às temperaturas.

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No Reino Unido, os termómetros poderão ultrapassar pela primeira vez os 40 graus esta segunda e terça-feira no sudeste do país, nota o jornal britânico Guardian. Assim, ficará ao critério de algumas escolas manter as portas abertas esta semana ou não.

Especificamente em Londres, a capital britânica, o mayor Sadiq Khan aconselhou os residentes a utilizar os transportes públicos apenas se for estritamente necessário. Um porta-voz da Transports for London, a entidade que gere a rede de transportes públicos na capital inglesa, indicou que os clientes estão ser “fortemente encorajados” a evitar viagens. “É provável que os nossos serviços sofram o impacto das temperaturas extremas, sendo esperados atrasos, cancelamentos e mudanças de última hora em todos os nossos serviços.”

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Também a National Rail, responsável pelos comboios no país, alertou para as consequências das elevadas temperaturas nos transportes ferroviários. Já esta manhã, de acordo com os meios de comunicação britânicos, foram cancelados vários comboios ainda antes da hora de ponta.

Esta não é a primeira vez em o Reino Unido tem constrangimentos na circulação dos transportes devido às elevadas temperaturas. Em 2019, conforme explicava o The Guardian, o aumento de temperaturas levou à expansão do metal que permite a circulação de transportes. Desta forma, as autoridades eram obrigadas a reduzir a velocidade ou mesmo a circulação de algumas composições, para evitar incidentes.

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Os constrangimentos não são apenas registados no Reino Unido. Nos Alpes franceses, por exemplo, está a ser pedido aos viajantes que adiem as visitas ao Monte Branco, a montanha mais alta dos Alpes. As altas temperaturas que estão a afetar a região estão a fazer com que sejam registadas várias quedas de rochas, devido às “condições climatéricas excecionais”. A este fenómeno ainda se junta a seca na região.

Este pedido é feito depois de, no início do mês, ter sido registado uma queda de um glaciar nos Alpes italianos. Este incidente, que fez pelo menos seis mortos e mais de uma dúzia de desaparecidos, estará ligado às alterações climáticas, de acordo com a informação divulgada pelas autoridades italianas. Nesse sentido, as autoridades francesas pretendem evitar uma tragédia semelhante, pedindo que as subidas ao Monte Branco sejam adiadas por estes dias.