O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, decidiu que o surto de Monkeypox não constitui uma emergência de saúde pública de preocupação internacional (PHEIC, na sigla original), anunciou o organismo.
O comité de emergência da OMS esteve reunido esta quinta-feira de manhã para uma nova avaliação da evolução do vírus e para decidir se o surto cumpre agora os critérios para ser declarado uma PHEIC, o nível mais alto de alerta da OMS, decretado para a Covid-19.
Em comunicado, a organização esclareceu que Ghebreyesus escolheu seguir o conselho dos especialistas do comité e não determinar, neste momento, a emergência de saúde internacional, apesar de a convocação de uma reunião deste tipo significar “uma escalada no nível de alerta” para os membros da OMS e para a comunidade internacional e “representar um apelo para intensificar as ações de saúde pública em resposta ao evento”.
Monkeypox. OMS preocupada com transmissão do vírus a grupos de risco
“O comité reconhece unanimemente a natureza de emergência do evento e que controlar que controlar a propagação do surto requer intensos esforços de resposta”, refere a mesma nota. “O comité aconselha que o evento seja monitorizado de perto e revisto algumas semanas depois, assim que nova informação sobre as incógnitas atuais esteja disponível, para determinar se devem ocorrer alterações significativas que podem levar a uma reconsideração dos seus conselhos.”
Esta foi a segunda reunião realizada pela OMS para analisar a evolução da Monkeypox, depois de um primeiro encontro, ocorrido no final de junho, que resultou na mesma decisão.
Segundo os dados mais recentes, divulgados esta quarta-feira, existem cerca de 14 mil casos confirmados da chamada varíola dos macacos, em mais de 70 países. Em Portugal, foram detetados 515 casos de infeção, informou a Direção-Geral de Saúde (DGS) na última atualização semanal, apresentada a 15 de julho.