O último dia da greve parcial dos trabalhadores da Transtejo registou esta sexta-feira de manhã uma adesão de 90% e a paralisação da Soflusa 50%, disse à Lusa Carlos Costa, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

Os trabalhadores da Transtejo iniciaram na segunda-feira um ciclo de greves parciais, de três horas por turno de serviço, que termina hoje, enquanto os trabalhadores da Soflusa iniciaram na terça-feira um ciclo de quatro dias de greve, com paralisação durante todo o período de trabalho, realizada por categorias específicas, consoante os dias.

Ambas têm a mesma administração e asseguram as ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Costa, da Fectrans, referiu que no último dia de greve se verificou uma adesão de 90% na greve parcial dos trabalhadores da Transtejo e de 50% na paralisação da Soflusa (administrativos, agentes comerciais, fiscais e auxiliares de terra).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No entanto, o sindicalista ressalvou que em ambas “a eficácia da greve foi de 100%”.

Em jeito de balanço, Carlos Costa considerou que a greve parcial na Transtejo “foi muito satisfatória” e que a da Soflusa, “apesar de ter registado um menor nível de adesão”, “esteve a bom nível”.

Já temos pedidos de reunião com a administração para segunda-feira. A adesão a estas ações de luta dão-nos esperança de que haja abertura para uma negociação”, apontou.

Por seu turno, numa nota enviada à Lusa, fonte da empresa indicou que a greve dos trabalhadores da Transtejo registou de manhã uma adesão de 72% e a paralisação da Soflusa 19%.

De acordo com a Fectrans, os trabalhadores exigem o aumento dos salários e medidas que combatam a degradação do serviço público, devido à falta de trabalhadores e ao envelhecimento da frota.

Atualmente, adianta a estrutura sindical, a Transtejo já tem navios novos (do concurso de navios elétricos), mas por falta de baterias os mesmos estão imobilizados.

Por outro lado, por falta de trabalhadores “há recurso a imensas horas extraordinárias, havendo trabalhadores com horários de 16 horas por dia”.

Desde o início do ano, mais de mil circulações não foram efetuadas.

Notícia atualizada às 15h44