Os bombeiros gregos estavam este sábado a combater quatro grandes incêndios em todo o país, incluindo um em que tiveram que evacuar um ‘resort’, no qual estavam mais de 450 pessoas de férias, e dezenas de habitações.

Um incêndio que começou esta manhã em Lesbos propagou-se em duas frentes, uma que se dirigiu para a vila de Vrisa e outra para o interior da instância turística de Vatera, no sul da ilha.

O presidente da câmara, Taxiarchis Verros, ordenou a evacuação, por precaução, do ‘resort’, seguindo conselhos dos bombeiros.

O fogo chegou muito perto do ‘resort’ e, pelo menos, uma casa foi engolida pelas chamas.

Mais de cinco horas após ter sido enviada uma mensagem de emergência por telefone, a retirada das pessoas ainda estava “a decorrer”, disse o porta-voz do corpo de bombeiros Yannis Artopoios aos jornalistas.

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Segundo o porta-voz, o fogo está a ser combatido por 50 operacionais, apoiados por 17 carros, nove aviões e um helicóptero.

A polícia local precisou que foram retiradas 450 turistas do ‘resort’ e evacuadas 92 casas, estando no terreno 60 agentes para verificar se algum habitante resistia a deslocar-se.

O maior incêndio de hoje ocorreu no nordeste da Grécia, perto da fronteira com a Turquia, pelo terceiro dia consecutivo, dentro da floresta nacional de Dadia que abriga espécies raras, especialmente abutres, e é principalmente composta por pinheiros altamente inflamáveis.

Segundo fontes das forças de segurança, estavam no combate ao incêndio 320 operacionais, apoiados por 68 carros, seis aviões, nove helicópteros e numerosos voluntários.

Mais dois grandes incêndios ocorreram hoje, um numa área montanhosa na região da Macedónia Ocidental e outro no sudeste do Peloponeso, disse Artopoios.

A União Europeia deu ao serviço florestal da Grécia 72 milhões de euros este ano para ajudar a manter e limpar as florestas para evitar que os incêndios se espalhem.

A Grécia, ao contrário de outras regiões da Europa, evitou até agora uma onda de calor, mas as temperaturas estão a subir.

Os verões quentes e secos do país e os ventos fortes juntaram-se aos efeitos de longo prazo das alterações climáticas, aumentando o risco geral de incêndios florestais.