O Bloco de Esquerda considerou esta quarta-feira que é “urgente defender as pessoas” perante a taxa de inflação “mais elevada dos últimos 30 anos“, acusando o executivo de “aumentar a coleta fiscal” e de “recusar taxar os abusos nos preços”.
Numa publicação na rede social Twitter, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, reagiu ao anúncio do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), segundo o qual a taxa de inflação atingiu em julho os 9,1%, a mais elevada desde novembro de 1992.
A inflação continua a bater recordes, em julho foi a mais elevada dos últimos 30 anos. É urgente defender as pessoas.
Taxar os lucros abusivos, controlar preços de energia e bens essenciais e aumentar salários: soluções para evitar perda de poder de comprahttps://t.co/arYzWNE6AO— Pedro Filipe Soares (@PedroFgSoares) August 10, 2022
Pedro Filipe Soares sublinha que a “inflação continua a bater recordes, em julho foi a mais elevada dos últimos 30 anos”, sendo “urgente defender as pessoas”.
O líder parlamentar do BE defende que as “soluções para evitar perda de poder de compra” passam por “taxar os lucros abusivos, controlar os preços de energia e bens essenciais, e aumentar salários”.
Deixando críticas ao executivo de António Costa, Pedro Filipe Soares afirma que “o Governo garantia que a inflação seria temporária, aceita a perda generalizada de rendimentos e a desvalorização de salários, aumenta a coleta fiscal com a inflação, mas não apoia a economia, recusa taxar os abusos nos preços”.
“Não é um Governo, é um desgoverno“, refere.
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,1%, em julho, taxa superior em 0,4 pontos percentuais à observada no mês anterior e a mais elevada desde novembro de 1992, confirmou hoje o INE.
“A variação homóloga do IPC foi 9,1% em julho de 2022, taxa superior em 0,4 p.p. [pontos percentuais] à registada no mês anterior e a mais elevada desde novembro de 1992”, informou o Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando, assim, os valores que tinha avançado na estimativa rápida divulgada em 29 de julho.
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação de 6,2% (6% em junho).