O primeiro-ministro recusou comentar a contratação do antigo diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, como consultor do ministro das Finanças. “Não vou estar nisto”, “não comento composições de gabinetes dos outros membros dos governos”, “vou concentrar-me no que é essencial”, disse perante as várias perguntas que lhe foram feitas pelos jornalistas esta manhã, à margem de uma visita a uma creche em Alfragide. Isto para, no final, declarar que “esse assunto está morto e enterrado” — isto ao fim de 40 minutos de declarações, depois de quase um mês em silêncio e onde se foram empilhando assuntos que não comentou a cada momento.

O tema que dominou esta última semana, da contratação feita por Fernando Medina, é desvalorizado pelo chefe do Governo que argumenta sobretudo com a autonomia de contratação dos ministros. “Não comento as composições dos gabinetes dos governos, os membro do Governo são livres de fazerem as suas escolhas”, respondeu quando foi confrontado com as acusações de troca de favores que têm vindo da oposição a propósito da contratação de Sérgio Figueiredo, com um salário base mensal (exclui despesas de representação que fazem parte dos vencimentos) que é superior ao que é devido aos ministros.

Sérgio Figueiredo, ex-diretor de informação da TVI, contratado por Medina como consultor

Costa disse que o escrutínio é feito como em todas as outras situações e que a si compete-lhe gerir o seu próprio gabinete: “Cada um deve procurar fazer o que lhe compete e a mim compete-me gerir o meu gabinete.” E resumiu a questão sobre o valor do salário a ser pago a Figueiredo a um “se houver dúvidas as entidades competentes tratarão delas”.

Entre todas as tentativas para que comentasse a decisão do seu ministro das Finanças, o primeiro-ministro defendeu-se sobretudo com a situação económica atual e aquilo que, diz, “preocupa os portugueses”. “Vou concentrar-me no que é essencial, não vou estar nisso. Hoje mesmo quem está de férias tem hoje outros temas com que se preocupam”, disse referindo o aumento dos preços e a situação de incerteza introduzida pela guerra na Ucrânia”.

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