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O alto representante da União Europeia para os Relações Externas, Josep Borrell, instou esta sexta-feira a Federação Russa a respeitar os seus compromissos para permitir o trânsito pelo Mar Negro com cereal ucraniano “para que chegue a quem deles necessita”.

A Federação Russa tem usado os alimentos como arma e agravou a fome no mundo. Graças ao Acordo de Istambul, a Ucrânia pode voltar a fornecer cereais. A Federação Russa deve respeitar os seus compromissos para que as exportações da Ucrânia continuem a chegar a quem delas precisa, principalmente em África”, escreveu Borrell na sua conta na rede social Twitter.

https://twitter.com/JosepBorrellF/status/1558108164674969600?s=20&t=atJfgtC6mA8x27vj7Ky3tQ

A 22 de julho, a Ucrânia e a Federação Russa assinaram em Istambul um acordo para permitir a exportação de cereais ucranianos em plena guerra, provocada pela invasão russa, e facilitar a venda de fertilizantes russos.

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O acordo visa facilitar a exportação a partir de três portos ucranianos: Odessa, Pivdennyi e Chornomorsk.

Até agora, já saíram mais de 370 mil toneladas de produtos agrícolas.

Um navio fez o primeiro carregamento de trigo na Ucrânia para ajuda alimentar na Etiópia, a primeira entrega de alimentos à África no âmbito plano mediado pela ONU para desbloquear os cereais retidos naquele país.

Primeiro navio carregado de cereais parte com ajuda alimentar para África

Durante meses, os combates e um bloqueio russo fizeram com que os cereais produzidos na Ucrânia, conhecida como o celeiro do mundo, ficassem retidos em silos, fazendo aumentar os preços dos alimentos e levando à fome em África, Médio Oriente e partes da Ásia.

Nos últimos dias, vários navios carregados de cereais deixaram os portos ucranianos no âmbito do novo acordo — só que a maioria dos carregamentos foi de ração para animais e teve como destinos a Turquia ou a Europa Ocidental.