A primeira parte em termos coletivos foi muito abaixo do esperado, o segundo tempo mudou e com um grande protagonista, Darwin Núñez. O Liverpool não foi além de um empate na deslocação ao terreno do Fulham na primeira jornada mas a entrada do avançado uruguaio, com um golo de calcanhar depois de outro lance idêntico bem dividido, uma assistência e a quase reviravolta. “Darwin e Salah? É uma boa parceria. São dois jogadores determinados em marcar golos e estar nas zonas decisivas. O Mo [Salah] está em grande forma e o Darwin a adaptar-se. O Luis [Diaz] podia ter marcado nesse jogo e teria ajudado muito mas nesse departamento [ofensivo] não tivemos problemas”, comentou Jürgen Klopp.

Marcou de calcanhar, assistiu sem querer e por pouco não fez a reviravolta: Liverpool empata com Fulham na estreia de Darwin Núñez

Se na segunda metade da última época Luis Díaz recebia as atenções do técnico alemão quase todas as semanas, no início desta temporada esse papel passou para o antigo avançado do Benfica, contratado por 75 milhões de euros mais 25 milhões por objetivos. ” Há cinco semanas, quando começámos a pré-época e ele fez o primeiro jogo, as pessoas ficaram com uma má impressão. Nós não ficámos com essa ideia, mas é de loucos o quão rápido as pessoas julgam os outros! Imaginem que alguém nos fazia isso no primeiro dia de trabalho e nos dizia que não tínhamos uma segunda oportunidade… íamos logo embora!”, referiu o técnico vice-campeão inglês e europeu na última temporada em entrevista à Sky Sports.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Agora toda a gente consegue ver que ele é um avançado a sério. Ótimo para nós e para ele. É muito difícil de marcar e diferente do que já temos. É muito mexido e tem muita energia. Fisicamente é muito forte e tecnicamente é muito bom. As pessoas não podem dizer: ‘Vá lá, tens de dar 100% mal chegas aqui’. É preciso o jogador adaptar-se e é isso que estamos a fazer com ele neste momento. É engraçado porque quando vencemos o Manchester City no início da temporada [Supertaça] toda a gente perguntava: ‘Será que o Haaland vai marcar?'”, acrescentou na antecâmara da primeira titularidade da época do uruguaio.

Era no avançado que se concentravam todas as atenções no primeiro jogo do Liverpool em Anfield em 2022/23 mas a receção ao Crystal Palace ficou sobretudo marcada pelas piores razões. E houve um pouco de tudo: uma finalização completamente desacertada após cruzamento de Alexander-Arnold logo a abrir, um remate ao poste na área em cima do intervalo quando o conjunto de Londres já estava na frente, uma cabeçada no central Joachim Andersen que valeu o vermelho direto apesar dos protestos (57′).

Depois de uma primeira parte de total domínio mas que acabou em desvantagem com um golo do inevitável Zaha numa saída rápida que apanhou a defesa desprevenida na profundidade, o Liverpool iniciava o segundo tempo com 75% de posse de bola, com 17 remates já tentados sendo que apenas três foram enquadrados na baliza. A partir daí, tinha também de jogar com menos um em campo. E foi aí, na altura de maior dificuldade, que apareceu o génio de Luis Díaz: o colombiano recebeu na esquerda, passou por vários adversários na diagonal e rematou sem hipóteses para o empate (61′), abrindo uma meia hora final de loucos que teve uma bola no poste de Zaha, remates a rasar de Salah e Fábio Carvalho e… o 1-1.